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Bitcoin anda de lado com mercado cripto em marcha lenta

Entre as altcoins – como são chamadas as criptomoedas além do bitcoin – o cenário é misto

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O bitcoin (BTC) amanheceu sonolento nesta terça-feira (30), em ritmo de fim de ano. A maior criptomoeda do mercado é negociada na faixa dos US$ 87 mil, com leve alta de 0,58% nas últimas 24 horas.

Se mantiver esse ritmo quase arrastado, a cripto deve encerrar o mês e o ano em queda, já que, no curto prazo, faltam catalisadores capazes de destravar um movimento mais consistente de alta.

Os ETFs (fundos negociados em bolsa) de bitcoin dos EUA, que normalmente impulsionam o preço com entradas de capital, estão no vermelho: drenaram US$ 1,1 bilhão nos últimos sete dias, pressionando o ativo digital.

No mercado das altcoins – como são chamadas as criptomoedas além do bitcoin – o cenário é misto. Enquanto algumas viraram para o campo positivo no meio da manhã, como o ethereum (ETH), que sobe 1,75% no dia, outras caem.

Para Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, dezembro foi marcado por um mercado travado, com a capitalização cripto girando em torno de US$ 3 trilhões, sem variações relevantes.

“Isso mostra que, apesar das oscilações do BTC dentro da faixa de consolidação, não houve entrada ou saída significativa de capital e o mercado parece estar aguardando uma direção mais clara antes de ajustar posições”, disse.

Veja as cotações das principais criptomoedas às 10h.

Bitcoin (BTC):  +0,58%, US$ 87.862,44

Ethereum (ETH): +1,75%, US$ 2.982,70

XRP (XRP): -0,34%, US$ 1,857

BNB (BNB): +0,85%, US$ 856,69

Solana (SOL): +0,30%, US$ 124,02

Outros destaques do mercado cripto

Fundos cripto brasileiros perdem dinheiro – mas não o mês. A gangorra de preços do bitcoin respingou, como esperado, nos fundos de criptomoedas. Os produtos locais registraram US$ 1 milhão em saídas na semana passada, acompanhando o mau humor global. Lá fora, o tom foi ainda mais pesado: US$ 446 milhões em retiradas. No acumulado do mês, porém, o sinal segue positivo por aqui. Os fundos brasileiros atraíram US$ 7,6 milhões em entradas, mostrando que o investidor ainda não abandonou o barco.

Strategy retoma compras. Depois de uma semana de pausa para reforçar o caixa em dólares, a Strategy (a maior tesouraria de BTC do mundo) retomou as compras e adicionou 1.229 BTC ao portfólio, desembolsando US$ 108,8 milhões a um preço médio de US$ 88.568 por unidade, segundo documento divulgado ontem. Com a nova aquisição, a empresa passou a deter 672.497 bitcoins, o equivalente a US$ 59 bilhões em cripto – maior que o valor de mercado da mineradora brasileira Vale.

Zcash sobe 850% no ano. Enquanto bitcoin e ethereum seguem sem brilho em 2025, a zcash (ZEC) caminha para encerrar o ano como um dos grandes destaques do mercado cripto. Entre 1º de janeiro e esta terça-feira (30), a criptomoeda acumula alta de 850%. Como mostramos recentemente, os tokens de privacidade (categoria da ZEC) voltaram ao radar dos investidores justamente por preservarem o anonimato e estarem menos “institucionalizados” do que as principais criptos – uma característica que voltou a atrair fluxo em um mercado mais cauteloso.

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