Após ultrapassar sua máxima histórica, o bitcoin (BTC) deu uma acalmada. Com investidores realizando lucro e poucas novidades no radar no curto prazo, a criptomoeda caminha para encerrar a semana na faixa dos US$ 121 mil, praticamente o mesmo valor de sete dias atrás.
A perspectiva de curto prazo é neutra a levemente negativa, disse Andre Franco, CEO da Boost Research, na manhã desta sexta-feira (10). “A força do dólar limita o potencial de alta do ativo, enquanto a moderação nas commodities e o ajuste de posições nas bolsas reduzem o fluxo especulativo.”
Apesar da estabilidade – algo comum e esperado após a superação da marca dos US$ 126 mil nesta semana-, a perspectiva para o restante do mês continua positiva. Historicamente, o BTC costuma subir em outubro, mês que ficou conhecido como “Uptober”, junção de up (para cima, em inglês) e October (outubro).
De acordo com dados da plataforma CoinGlass, nos últimos 12 anos o bitcoin subiu em 10 meses de outubro e caiu em apenas dois. O movimento pode ter relação com o retorno das férias de verão no hemisfério norte (em setembro), que tende a aumentar a liquidez do mercado.
As altcoins – nome dado a qualquer cripto diferente do bitcoin — caminham para fechar a semana de forma mista. Enquanto o ethereum (ETH) recuou quase 4% nos últimos sete dias, o BNB (BNB) avançou 13%.
Veja as cotações das principais criptomoedas às 7h50:
Bitcoin (BTC): – 0,68%, US$ 121.333,79
Ethereum (ETH): – 4,10%, US$ 4.344,10
XRP (XRP): + 0,18%, US$ 2,87
BNB (BNB): – 2,26%, US$ 1.250,00
Solana (SOL): – 1,03%, US$ 220,10
Destaques do mercado cripto
Fim do prazo. Termina nesta sexta-feira (10) o período para a Comissão de Valores dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) decidir sobre quase 16 pedidos de ETFs (fundos negociados em bolsa) à vista de criptomoedas – entre eles, um ligado à solana (SOL). A expectativa do mercado é de aprovação, embora o órgão costume surpreender. O JPMorgan, porém, acredita que esses produtos devem atrair pouco capital no primeiro ano – algo em torno de US$ 1,5 bilhão, cerca de um sétimo do que os ETFs de ethereum movimentaram no mesmo período. O motivo seria a queda na atividade na blockchain da cripto
Quase uma Petrobras em cripto. Os “bandidos cripto” não brincam em serviço. Segundo um relatório divulgado ontem pela empresa de análise de blockchain Chainalysis, cerca de US$ 75 bilhões em criptoativos estão guardados em carteiras ou plataformas associadas a atividades ilícitas – praticamente o valor de mercado da Petrobras, a maior companhia brasileira. Apesar do dado negativo, ele representa uma oportunidade para governos, como os EUA, que veem nos ativos digitais apreendidos uma forma de montar reservas estratégicas.