Bitcoin ganha fôlego em meio à expectativa de acordo para evitar paralisação do governo dos EUA

Mercado reage a compras de grandes investidores e acompanha negociações em Washington.

Publicidade

O bitcoin iniciou a terça-feira (30) em alta e chegou a ser cotado acima de US$ 114 mil, ampliando a recuperação após as fortes quedas da semana passada. O movimento reflete tanto a volta de grandes investidores ao mercado, as chamadas “baleias”, quanto a expectativa em torno do chamado “Uptober”, referência ao histórico de ganhos expressivos da moeda no mês de outubro. Desde 2013, a média de valorização no período supera 20%.

O cenário externo, no entanto, mantém o investidor em alerta. Nos Estados Unidos, o Congresso precisa aprovar até a meia-noite de hoje o orçamento federal para evitar um shutdown, a paralisação parcial do governo. Caso o impasse não seja resolvido, o Bureau of Labor Statistics pode adiar a divulgação do relatório de empregos de sexta-feira, considerado um dos indicadores-chave para o Federal Reserve definir os juros.

Apesar do impasse, os investidores se mantêm cautelosamente otimistas. Isso porque, historicamente, uma solução negociada para ampliar o teto de endividamento, mesmo que temporariamente, sempre ocorre um pouco antes do prazo terminar.

Episódios de shutdown no passado tiveram efeitos diferentes sobre o bitcoin: em 2013, durante um ciclo de alta, a moeda subiu 14%, mas no de 2018-2019, em fase de baixa, caiu 6%. Hoje, analistas veem o ambiente mais próximo ao de 2013, mas não descartam oscilações fortes no curto prazo.

Desempenho das principais criptomoedas

Veja as cotações das principais criptomoedas às 8h12:

Bitcoin (BTC):  + 0,83%, US$ 112.927,63

Ethereum (ETH): + 1,25%, US$ 4.154,90

XRP (XRP): – 0,52%, US$ 2,84

BNB (BNB): + 0,37%, US$ 1.009,32

Solana (SOL): – 0,01%, US$ 206,30

Outros destaques do dia:

Publicidade

TRON (TRX): + 0,98%, US$ 0,3368

Principais notícias do mercado cripto

Quase metade dos investidores já usa cripto contra a inflação. Um relatório da MEXC, corretora global de ativos digitais, mostrou que 46% dos usuários em todo o mundo passaram a usar criptomoedas como proteção contra a inflação, frente a 29% no início do ano. O levantamento aponta diferenças regionais: o Leste Asiático liderou a alta, saltando de 23% para 52%, enquanto o Oriente Médio quase dobrou o percentual para 45%. Na América Latina, a cripto ganhou força cultural com memecoins e busca por renda passiva, enquanto o Sul da Ásia se consolidou como polo global de trading. O estudo indica ainda que tokens de redes públicas seguem como a base das carteiras, stablecoins mantêm peso estável e o perfil dos investidores vem se ampliando, com crescimento de carteiras de médio porte em várias regiões.

Visa testa stablecoins em pagamentos internacionais. A Visa iniciou um piloto para usar stablecoins em transferências internacionais via plataforma Visa Direct, permitindo que empresas façam pagamentos globais em minutos em vez de dias. Bancos e provedores de remessas poderão pré-carregar stablecoins como USDC e EURC, que serão tratadas como saldo disponível para liquidações, reduzindo custos e liberando liquidez. A iniciativa marca mais um passo da gigante dos pagamentos na integração de criptoativos, após parcerias recentes com empresas como Stripe e Yellow Card, e surge em um momento em que stablecoins ganham espaço com regras mais claras nos EUA e são vistas como um mercado trilionário em potencial.

Exit mobile version