Brasil e Índia arriscam contrariar Trump em negociação para integrar Pix e UPI

Proposta prevê pagamentos instantâneos entre os países em reais e rúpias, sem uso de dólar, stablecoins ou moedas digitais.

Brasil e Índia negociam um acordo para conectar diretamente o Pix e o UPI, seus sistemas nacionais de pagamentos instantâneos, permitindo transferências bilaterais em reais e rúpias com liquidação imediata, sem a necessidade de conversão em dólar. A proposta não envolve stablecoins nem moedas digitais de bancos centrais, mas aproveita a compatibilidade técnica entre as plataformas para criar uma solução rápida, barata e acessível.

O projeto representa um avanço na agenda de desdolarização discutida em fóruns como o BRICS, que busca reduzir custos cambiais, riscos financeiros e a dependência da moeda americana. Com APIs abertas e operação 24 horas por dia, Pix e UPI já são amplamente adotados por suas populações, o que facilitaria a criação de uma ponte direta entre os dois países.

Atualmente, o comércio bilateral entre Brasil e Índia movimenta cerca de US$ 15 bilhões por ano, com destaque para petróleo, açúcar, fertilizantes e medicamentos. Com a integração entre os sistemas de pagamento, essas transações poderiam se tornar mais simples, previsíveis e menos onerosas, além de acessíveis tanto a empresas quanto às pessoas físicas, inclusive em remessas e serviços.

Se for concretizado, a integração PIX/UPI bate de frente com os alertas do presidente americano Donald Trump. Recentemente, Trump criticou o BRICS por discutir formas de reduzir a dependência do dólar e ameaçou impor mais tarifas aos países que participam do grupo.

Desempenho das principais criptomoedas do mercado

Às 8h42, as principais criptomoedas operavam em alta; veja as cotações:

Bitcoin (BTC):  + 0,43%, US$ 115.543,70

Ethereum (ETH): +0,98%, US$ 4.302,13

XRP (XRP): +1,33%, US$ 3,01

BNB (BNB): +1,81%, US$ 846,14

Solana (SOL): +0,68%, US$ 182,15

Outros destaques do dia:

TRON (TRX): +1,43%, US$ 0,3511

Principais notícias do mercado cripto

Polícia apreende R$ 10 milhões em cripto na operação que prendeu dono da Ultrafarma
A Operação Ícaro, conduzida pelo Ministério Público de São Paulo, confiscou cerca de R$ 10 milhões em criptomoedas como parte de uma investigação sobre um esquema bilionário de corrupção fiscal. Os ativos digitais estavam ligados a servidores públicos e empresários acusados de facilitar a liberação indevida de créditos de ICMS. Um dos alvos foi o fundador da Ultrafarma, Sidney Oliveira, que teve a prisão temporária revogada na última sexta-feira (15), mas ainda não pagou a fiança de R$ 25 milhões. Um dos investigados, o auditor fiscal Marcelo Gouveia, possuía R$ 2 milhões em criptoativos. Também foram encontrados valores menores em moedas digitais em outros endereços ligados à operação.

BC emite alerta sobre possível ataque envolvendo criptomoedas. O Banco Central emitiu um comunicado incomum no domingo (17) alertando empresas de pagamento sobre movimentações suspeitas envolvendo o uso de USDT (Tether), stablecoin atrelada ao dólar. O órgão detectou uma busca atípica por operadores desse ativo, possivelmente ligada a um novo ataque ao Sistema Brasileiro de Pagamentos (SBP). A movimentação acende o alerta após o maior ataque hacker da história do país, que desviou mais de R$ 800 milhões da empresa C&M no mês passado. O BC recomendou medidas de reforço na segurança, como aumento da vigilância noturna, checagens em transferências suspeitas e comunicação imediata de transações incomuns com corretoras de criptoativos.

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