ETFs podem ser porta de entrada para novos mercados ao investidor brasileiro

Fundos de índice ganham força como alternativa simples e de baixo custo para acessar bolsas globais e setores específicos da economia

Os ETFs têm sido um dos principais responsáveis pela inovação no mercado de investimentos no Brasil. O diretor da B3 e ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Daniel Maeda, ressaltou que foi por meio desses fundos atrelados a índices que vários mercados novos se popularizaram, como o de criptoativos.

“Se olhar para o retrovisor nos últimos anos, curiosamente apesar de ser um produto passivo, é um produto com muita veia de inovação”, afirmou Maeda durante o evento Fronteiras do Investimento, realizado pela Nu Asset com parceria do InvestNews.

O diretor da B3 ressaltou que os ETFs têm possibilitado o acesso de investidores do varejo a diversos novos mercado, como bolsas internacionais e até uma chance de incorporar ao portfólio uma parcela “temática”, como ações de empresas aeroespaciais ou de nanotecnologia.

O executivo citou ainda o potencial de crescimento do mercado de derivativos no Brasil. “Existem tipos de estratégia derivativas no exterior que nunca foram ofertadas no Brasil. A  gente precisa discutir se vamos lançar alguma coisa aqui ou deixar o investidor brasileiro ir para fora.”

Conforme Maeda, o universo dos investidores de varejo cresceu 10 vezes de tamanho em seis anos. “Temos mais de 100 milhões de CPFs na B3.”

O sócio fundador da Itajubá Investimentos, Carlos Garcia, chamou a atenção para o cenário do mercado de ações que passa por um dos momentos mais críticos em muitos anos. Segundo o executivo, a parcela dos fundos de ações em relação ao total da indústria está no menor nível da história, em 7%.

Garcia citou os fundos de pensão que atualmente alocam apenas 9% dos recursos na renda variável. “É também o menor percentual de toda a história.”

Na visão do sócio da Itajubá, “é o melhor indício que as ações estão subavaliadas e acredito que qualquer mudança macro ou queda de juros pode ser um gatilho para a recuperação”.

Exit mobile version