Um dos ETFs, que será negociado com o código HGBR11, será do tipo high grade, formado por títulos de dívida de melhor qualidade e menor risco. O outro, o HYBR11, refletirá o comportamento dos títulos high yield, considerados mais arriscados e com retorno potencialmente maior. Nos dois casos, haverá proteção cambial, ou seja, o investidor não terá exposição à variação do dólar.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (4), durante o evento Fronteiras do Investimento, realizado pela Nu Asset em parceria com o InvestNews. O lançamento ocorre na sequência da estreia do ETF de bitcoin da gestora e reforça sua estratégia de diversificação. Hoje, a Nu Asset administra cerca de R$ 6 bilhões em ativos, distribuídos em 22 fundos e com 1,4 milhão de investidores.
Andrés Kikuchi, diretor de investimentos da Nu Asset, destacou a chegada dos novos ETFs diante da “inevitável necessidade” de se olhar para o mercado global. Para ele, os produtos se alinham ao perfil do investidor brasileiro, acostumado a aplicações em renda fixa sem a volatilidade cambial.
Os dois novos ETFs se somam a outros cinco de renda variável já lançados pela Nu Asset, além de um fundo de criptoativos. Kikuchi ainda comparou o impacto dos ETFs no mercado financeiro ao do Pix no sistema de pagamentos: “pela simplicidade, transparência e baixo custo”.
Segundo ele, embora essa característica possa dificultar a distribuição dos produtos hoje, a tendência é que o interesse cresça com o tempo.