Em 24 horas: o que explica a surpreendente recuperação dos mercados em meio ao conflito no Oriente Médio

Logo que o Irã "trocou" o fechamento do Estreito de Ormuz por leves bombardeios a bases americanas, o mercado respirou

O mercado financeiro no Brasil e no exterior teve um dia que parece bagunçado. Em meio ao endurecimento dos conflitos no Oriente Médio, com os EUA entrando no conflito Israel X Irã e o fogo cruzado, os ativos aqui e lá fora se comportaram em ritmo de alívio.

O S&P 500 teve ganho de 0,96%. A Nasdaq, 0,94% e o no Brasil, o dólar recuou 0,40%, a R$ 5,50. E o petróleo, contrariando todas as “odds” lançadas ontem, caiu 7,18%. Tinha começado os negócios em alta de 6%, com o barril acima dos US$ 81. Pois bem. Fechou dez dólares abaixo, a US$ 71,41.

Mas tudo tem sua razão de ser.

Havia o temor de que o Irã respondesse o bombardeio de sábado fechando o Estreito de Ormuz – o que significaria deixar o mundo sem 20% da oferta global de petróleo. Não foi o que acontreceu.

A resposta aos EUA limitou-se ao bombardeio de bases americanas no Qatar e no Irã, com a maior parte dos mísseis interceptados e sem mortos ou feridos. O próprio Trump afirmou, após os ataques, que não iria retaliar.

Fato é que, logo após os ataques, o petróleo começou a cair, e as bolsas americanas, a subir.

A reportagem ouviu seis gestores de grandes fundos multimercados para entender melhor o movimento de hoje e o que ele significa de fato para quem investe.

Ponto pacífico: o conflito do Oriente Médio faz com que se espere mais volatilidade. Momentos de tensão, como o do início da noite de domingo, no aftermath da entrada dos EUA na briga, causaram um salto maior do que o natural no petróleo – aquela alta de 6%. No momento de alívio, era natural que viesse uma baixa também fora da curva.

Onde tinha uma “gordura” de preços para aproveitar, os agentes de mercado pegaram um pedaço. Em outras palavras: o barril tinha subido 10% do início do conflito, dia 13, até o último fechamento de mercado, na sexta (20). Com a queda de hoje, ele devolve boa parte da alta.

No Brasil, o Ibovespa não acompanhou as bolsas americanas. Queda de 0,66%. Em parte, “culpa” da Petrobras, que caiu junto com o petróleo – ainda que bem menos, claro: -2,50%.

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