Primeira stablecoin de iene com registro pelo regulador japonês será lançada até o fim do ano

Fintech JPYC lidera a iniciativa com plano de emitir até US$ 6,78 bilhões em tokens, em meio ao avanço global da regulação de stablecoins.

O Japão deve ter até o fim do ano sua primeira stablecoin atrelada ao iene com reconhecimento do regulador local. A responsável é a fintech JPYC, que está em processo de registro como empresa de transferência de dinheiro na Agência de Serviços Financeiros (FSA). A previsão do novo emissor é iniciar a emissão dos tokens logo após a aprovação.

A stablecoin JPYC manterá paridade de 1:1 com o iene japonês e será lastreada por ativos líquidos, como depósitos bancários e títulos do governo. A empresa pretende emitir cerca de 1 trilhão de ienes (o equivalente a US$ 6,78 bilhões) ao longo de três anos. A proposta é que o token seja usado em diferentes frentes, como remessas internacionais, pagamentos corporativos e aplicações em finanças descentralizadas (DeFi). A iniciativa já despertou o interesse de diversos fundos de hedge.

Já existem pelo menos três stablecoins atreladas ao iene, mas nenhuma de uma empresa japonesa. A grande novidade será o reconhecimento da FSA e, portanto, uma stablecoin fiscalizada e supervisionada pelo órgão, o que pode atrair um maior uso por investidores institucionais.

O Japão começou a regulamentar as stablecoins em 2022, quando aprovou uma emenda à Lei de Serviços de Pagamento para reconhecer esses ativos como instrumentos legais de pagamento eletrônico. Desde então, só instituições licenciadas — como bancos, sociedades fiduciárias e empresas autorizadas — estão aptas a emitir esse tipo de criptoativo.

O movimento acompanha tendências globais: Estados Unidos, União Europeia e Hong Kong também avançam na criação de regras específicas para stablecoins, que vêm ganhando espaço por oferecerem uma alternativa digital estável em relação às moedas tradicionais.

Desempenho das principais criptomoedas do mercado

O mercado cripto começou a semana em queda, com o bitcoin negociado a US$115,036 (R$620.298), recuando 2,7% após uma onda de realização de lucros. Ethereum e XRP também caem mais de 5%. Só nas últimas 24 horas, mais de US$ 484 milhões em posições longas foram liquidadas. A expectativa agora se volta para o simpósio do Fed, que acontece nesta quinta-feira (21), e pode influenciar os próximos movimentos do mercado.

Às 8h33, as principais criptomoedas operavam em queda; veja as cotações:

Bitcoin (BTC):  – 2,87%, US$ 115.017,19

Ethereum (ETH): – 6,57%, US$ 4.262,62

XRP (XRP): – 5,09%, US$ 2,97

BNB (BNB): – 3,36, US$ 831,55

Solana (SOL): – 6,49%, US$ 180,75

Outros destaques do dia:

TRON (TRX): -1,94%, US$ 0,3462

Principais notícias do mercado cripto

Empresa ligada à família Trump mira a Ásia para ampliar tesouro em Bitcoin. A American Bitcoin, empresa de mineração ligada a Donald Trump Jr e Eric Trump, filhos do presidente americano, está avaliando aquisições no Japão e em Hong Kong para expandir sua posição em Bitcoin, segundo o Financial Times. Inspirada na estratégia da Strategy, a companhia busca comprar pelo menos uma empresa de capital aberto na região para reforçar seu modelo de tesouraria. A American Bitcoin já acumula 215 BTC e recentemente levantou US$ 200 milhões para ampliar suas reservas e estrutura de mineração. A movimentação integra a crescente onda de empresas que acumulam Bitcoin como estratégia patrimonial, apostando na escassez do ativo em um cenário de inflação e desvalorização cambial. Hoje, companhias listadas em bolsa já concentram mais de 976 mil BTC no mercado.

Tailândia testa carteira digital para turistas com opção cripto. A Tailândia lançou uma carteira digital para facilitar pagamentos de turistas estrangeiros no país, permitindo que compras sejam feitas via QR code em baht, a moeda local. A carteira pode ser recarregada com dinheiro em espécie, cartões internacionais ou transferências bancárias. Já a opção de conversão de criptomoedas para baht ainda não está disponível: ela está passando por um sandbox regulatório, uma fase de testes supervisionada por autoridades financeiras, usada para avaliar riscos e segurança antes da liberação oficial. A expectativa é que os resultados dessa avaliação saiam até o fim de agosto.

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