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Aluguel na Faria Lima bate recorde

Metro quadrado de laje corporativa na avenida em São Paulo já chega a R$ 250, o mais alto de toda a cidade.

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Com o mercado financeiro mostrando pouco apego ao home office, o retorno mais acelerado aos escritórios tem provocado falta de espaços corporativos para alugar na região da avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, principal corredor financeiro do país. É lá que se concentram as sedes de vários bancos de investimento, gestoras de fundos e butiques de fusões e aquisições.

A elevada demanda tem se refletido diretamente nos preços. Sem novas ofertas de empreendimentos para o curto prazo, o metro quadrado de laje corporativa já chega a R$ 250, o mais alto de toda a cidade. Há um ano, esse valor estava em R$ 195, segundo dados da consultoria do setor imobiliário JLL.

Nada disso tem diminuído o interesse pela região. Como efeito direto, a Faria Lima tem puxado para cima o preço médio do aluguel corporativo no Itaim, bairro onde está a avenida, atualmente em cerca de R$ 199 o metro quadrado.

Para se ter uma ideia, na região da Avenida Paulista, que na década de 80 também chegou a ostentar o título de centro financeiro da cidade, o valor é de R$ 134. Na região da Berrini, que compete com a Faria Lima na atração de novos inquilinos, o preço pedido cai para R$ 95,70. Em Alphaville, na região metropolitana da capital e que concentra a sede de muitas empresas não financeiras, não passa de R$ 54.

Custo mensal

Avenida Brigadeiro Faria Lima. Freepik.

Manter um escritório de 10 mil metros quadrados em um dos edifícios mais procurados na Faria Lima pode custar a “bagatela” de R$ 2,5 milhões por mês. E esse não é o único custo, dado que as chamadas lajes corporativas são entregues vazias, cabendo ao locatário arcar com as benfeitorias no espaço.

Dados da JLL confirmam a alta demanda na Faria Lima. A taxa de vacância – número que reflete o quanto há de espaços não ocupados – está na mínima de 6%, mesmo com todas as entregas recentes na região, já que novos escritórios foram rapidamente absorvidos pelas empresas. No Itaim como um todo, a taxa de salas não ocupadas é hoje ainda menor, de 4% – ante 30% na Berrini. 

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