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Amazon recorre à energia nuclear para atender seus data centers

As empresas de tecnologia estão fechando acordos com companhias nucleares

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Ilustração: Daniela Arbex

A Amazon informou nesta quarta-feira (16) que assinou três acordos para o desenvolvimento da tecnologia de energia nuclear de pequenos reatores modulares (SMR, na sigla em inglês), tornando-se a mais recente grande empresa de tecnologia a buscar novas fontes para atender à crescente demanda de eletricidade dos centros de processamento de dados.

Em um dos acordos, a Amazon disse que financiará um estudo de viabilidade para um projeto SMR próximo a uma unidade da Energy Northwest, no Estado de Washington. O reator está planejado para ser desenvolvido pela X-Energy. Os detalhes financeiros não foram divulgados.

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Segundo o acordo, a Amazon terá o direito de comprar eletricidade de quatro módulos. A Energy Northwest, um consórcio de serviços públicos estaduais, terá a opção de adicionar até oito módulos de 80 megawatts, resultando em uma capacidade total de até 960 megawatts, ou o suficiente para abastecer o equivalente a mais de 770.000 residências nos Estados Unidos.

A energia adicional estará disponível para a Amazon e para as empresas de serviços públicos abastecerem residências e empresas.

“Nossos acordos incentivarão a construção de novas tecnologias nucleares que gerarão energia nas próximas décadas”, disse Matt Garman, presidente-executivo da Amazon Web Services.

Ilustração: Daniela Arbex

A energia nuclear, que gera eletricidade praticamente livre de emissões de gases de efeito estufa e proporciona trabalhos sindicalizados bem remunerados, recebe amplo apoio dos dois lados do espectro político dos EUA, mas ainda não há SMRs no país.

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A NuScale, a única empresa norte-americana com licença de projeto de SMR da Comissão Reguladora Nuclear dos EUA, teve de abandonar no ano passado o primeiro projeto de SMR que construiria a tecnologia em um laboratório no Estado de Idaho.

Além disso, os SMRs produzem resíduos nucleares radioativos de longa duração para os quais os EUA ainda não têm um local de depósito definitivo.

As empresas de tecnologia têm assinado uma série de acordos com companhias nucleares este ano, à medida que a inteligência artificial aumenta a demanda de energia, embora os cronogramas dos projetos nucleares tendam a atrasar as metas em anos.

Espera-se que o uso de energia por datas centers nos EUA triplique entre 2023 e 2030 e exija cerca de 47 gigawatts de nova capacidade de geração, de acordo com estimativas da Goldman Sachs.

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