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Conselho da Petrobras elege José Mauro Coelho para a presidência da estatal

Na véspera, a assembleia da estatal aprovou o nome do executivo para o conselho de administração.

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O conselho de administração da Petrobras (PETR3, PETR4) elegeu, em reunião realizada nesta quinta-feira (14), José Mauro Ferreira Coelho, nome indicado pelo governo, para o cargo de presidente da companhia. O mandato do novo CEO terá validade de um ano.

Em cerimônia de posse fechada à imprensa nesta tarde, na sede da empresa, no Rio de Janeiro, Coelho afirmou que “a prática de preços de mercado é condição necessária para a criação de um ambiente de negócios competitivo para a atração de investimentos, para a atração de novos agentes econômicos no setor, para a expansão da infraestrutura do país e para a garantia do abastecimento. Tal cenário leva ao aumento da concorrência, com benefícios para o consumidor”.

Na véspera, a assembleia de acionistas da estatal aprovou os nomes para o novo conselho de administração, com a inclusão de José Mauro Ferreira Coelho. Vale lembrar que a aprovação para o conselho é uma pré-condição presente no estatuto da companhia para assumir a cadeira principal da estatal.

A assembleia também aprovou ontem o nome de Márcio Andrade Weber, conselheiro na gestão anterior, como novo presidente do conselho de administração da Petrobras. 

Entenda a mudança das cadeiras

No dia 28 de março, o presidente da República, Jair Bolsonaro, decidiu tirar o general Joaquim Silva e Luna do comando da empresa na esteira de uma sequência de reclamações de Bolsonaro sobre o aumento dos preços dos combustíveis.

Inicialmente, o economista Adriano Pires foi o indicado pelo governo para o cargo de presidente e Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, para o comando do conselho. Porém, ambos desistiram de assumir as posições.

Em nota divulgada nesta quinta-feira, a estatal agradeceu o trabalho realizado pelo General Joaquim Silva e Luna. “Sua gestão foi marcada pela valorização da força de trabalho da Petrobras, com destaque para a formação de uma Diretoria Executiva técnica composta majoritariamente pelo quadro da empresa”.

A companhia esclareceu ainda que na gestão de Joaquim Silva e Luna, a Petrobras consolidou sua posição financeira se tornando uma empresa “forte e saudável, para que pudesse desempenhar seu papel social de investir, gerar empregos, pagar tributos, retornar dividendos aos acionistas, incluindo a União, e contribuir para o desenvolvimento do país. Sua gestão também foi pautada pela consolidação de seus mecanismos de governança e conformidade”.

Perfis dos novos nomes

José Mauro Ferreira Coelho ingressou, em 2007, na Empresa de Pesquisa Energética (EPE), onde permaneceu até 2020, quando ocupava o posto de Diretor de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis.

Entre 2020 e 2021, atuou como Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis no Ministério de Minas e Energia (MME) e desde 2020 atua como presidente do conselho de administração da Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural (PPSA).

Coelho é formado em química industrial pelas Faculdades Reunidas Professor Nuno Lisboa, tem especialização em Ciências dos Materiais pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT), mestrado em Engenharia dos Materiais pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e doutorado em Planejamento Energético pelo Programa de Planejamento Energético da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

Márcio Andrade Weber foi diretor da Petroser entre 2007 e 2020, onde desenvolveu a participação da companhia nas atividades de E&P, navegação de apoio e sondas de perfuração para águas profundas.

Foi responsável como CEO da empresa BOS navegação (JV entre Petroserv e duas companhias estrangeiras) pela construção em estaleiros nacionais de quatro rebocadores de apoio. Paralelamente, como diretor da Petroserv participou na construção e operação de quatro plataformas de perfuração para águas profundas.

Weber é engenheiro civil formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1975), com especialização em engenharia de petróleo pela Petrobras. Ingressou na Petrobras em 1976 onde trabalhou por 16 anos, tendo sido um dos pioneiros no desenvolvimento da Bacia de Campos, e ocupou, em seguida, diversos cargos gerenciais e diretivos entre os quais se destacam atividades no exterior, na área internacional da Petrobras.

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