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Economia

Quem é Adriano Pires, indicado pelo governo para a presidência da Petrobras

Economista é diretor do CBIE e já atuou na ANP.

Adriano Pires (Foto: Reprodução)
Adriano Pires (Foto: Reprodução)

O governo indicou nesta segunda-feira (28) o economista Adriano Pires como novo presidente da Petrobras, em substituição ao general Joaquim Silva e Luna. O Ministério de Minas e Energia apresentou uma lista de executivos para compor o Conselho de Administração da Petrobras.

Adriano José Pires Rodrigues é graduado em Economia, Doutorado em Economia Industrial pela Universidade de Paris XIII, Mestrado em Planejamento Energético. É Diretor-Fundador do Centro Brasileiro de InfraEstrutura (CBIE), coordenando projetos e estudos para a indústria de gás natural, a política nacional de combustíveis, o mercado de derivados de petróleo e gás natural.

Em entrevista ao InvestNews em fevereiro de 2021, Pires comentou a política de preços da Petrobras de acompanhar as cotações internacionais. À época, caminhoneiros ameaçavam entrar em greve por causa da alta dos preços do diesel.

“O motivo para o preço do diesel estar subindo é que o petróleo retomou a trajetória de alta e o câmbio também não ajudou. A Petrobras teve que, de maneira correta, subir o preço do diesel e da gasolina. A reclamação dos caminhoneiros, na minha opinião, não procede”, disse na ocasião.

Em outro momento, o economista também falou ao InvestNews sobre as possibilidades de desabastecimento de combustíveis no Brasil, após a Petrobras reportar demanda maior do que a capacidade de produção no final de 2021.

Para Pires, uma saída para não haver risco de desabastecimento de combustível seria a Petrobras comercializar sua produção de combustíveis refinados seguindo seus preços atuais sem importar nenhuma quantidade extra. Enquanto isso, apenas empresas privadas importariam o volume que faltasse para atender o mercado. 

As empresas privadas venderiam o combustível a um valor mais caro, já que teriam comprado pelo preço internacional. Mas, dessa forma, a composição do preço final médio nas bombas faria com que ele subisse menos para o consumidor final do que poderia acontecer se a Petrobras alcançasse a paridade internacional.

“Talvez uma solução enquanto essa volatilidade estiver muito grande seja essa que está acontecendo hoje no mercado: a Petrobras para de importar produto, vai assumir uma defasagem. De vez em quando, se der, ela vai aumentar um pouquinho, mas não vai conseguir zerar a defasagem. Deixa o importador privado comprar a diferença e aí o preço médio vai ser menor do que se ela zerasse a defasagem”, resumiu Pires, em outubro. 

Na mesma ocasião, Pires comentou a tendência de preços dos combustíveis. “Não vejo tendência de o preço do petróleo cair e nem do câmbio diminuir a depreciação do real frente ao dólar. Vejo o contrário, trajetória de crescimento do barril de petróleo e trajetória de aumento da desvalorização do real frente ao dólar. Então, isso vai fazer com que as defasagens da Petrobras cresçam. O problema todo é o seguinte: ela não tem, digamos assim, condições políticas. Como a Petrobras vai anunciar hoje um aumento de 15% na gasolina e 18% no diesel? Não tem clima político para isso”, disse na mesma entrevista em outubro de 2021.

Atuação de Adriano Pires

Pires foi Professor Adjunto do Programa de Planejamento Energético da COPPE/UFRJ, exercendo as funções de pesquisador e consultor junto a empresas e entidades internacionais – UNESCO, CEE, BIRD -, Agência Nacional de Energia Elétrica, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e Unicamp.

Ele também atuou como Assessor do Diretor-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), além de ter exercido os cargos de Superintendente de Abastecimento, de Importação e Exportação de Petróleo, seus Derivados e Gás Natural. As informações são do Ministério de Minas e Energia.

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