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Após venda da MRS, CSN receberá mais R$ 290 milhões em proventos da CSN Mineração

Dividendos e JCP aprovados pela mineradora reforçam o caixa da CSN em meio ao esforço para reduzir a alavancagem

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A CSN vai receber R$ 292,4 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aprovados pela CSN Mineração, em mais um movimento que reforça o caixa do negócio principal do empresário Benjamin Steinbruch.

A mineradora anunciou nesta sexta-feira (26) a distribuição de R$ 423,7 milhões em proventos, dos quais a maior parte fica com a CSN, que detém cerca de 69% do capital da companhia.O segundo maior beneficiário é o grupo japonês Itochu, que concentra pouco mais 20% do capital da empresa e deve receber cerca de R$ 85 milhões.

O valor restante se divide entre acionistas com participações reduzidas, como Posco e China Steel, além de outros minoritários — reflexo do baixo free float da mineradora, de cerca de 7,75%, que limita a parcela efetivamente destinada ao mercado.

A distribuição foi aprovada como antecipação do dividendo mínimo obrigatório, com base em balanço levantado em 30 de novembro de 2025. Do montante total, R$ 259,7 milhões serão pagos na forma de dividendos intermediários e R$ 164 milhões como juros sobre capital próprio, sujeitos à retenção de imposto de renda na fonte. O pagamento está previsto apenas para 2026.

A operação ocorre poucas semanas depois da venda, pela CSN, de uma fatia da operadora de ferrovias MRS Logística para a própria CSN Mineração — transação que movimentou R$ 3,35 bilhões e ajudou a dar fôlego ao caixa da holding, que busca encerrar o ano com alavancagem — a relação entre dívida líquida e resultado operacional (Ebitda) — em torno de 3 vezes.

Mesmo com pagamento previsto apenas para o próximo ano, a declaração dos proventos permite que a CSN registre o montante no balanço de 2025 como um direito a receber, ainda que sem impacto imediato no caixa.

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