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CSN fecha venda de fatia da MRS por R$ 3,35 bilhões para a subsidiária CSN Mineração

Operação dá fôlego ao caixa da CSN em meio ao esforço para reduzir a alavancagem

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A CSN concluiu a venda de uma fatia da MRS Logística para a CSN Mineração, em uma operação que movimentou R$ 3,35 bilhões, segundo fato relevante divulgado nesta quinta-feira pela concessionária ferroviária. A subsidiária de mineração do grupo de Benjamin Steinbruch adquiriu 11,17% do capital social da MRS, reduzindo a participação direta da CSN na empresa.

A transação foi estruturada em duas etapas. A primeira, já concluída, envolve a maior parte das ações transferidas. A segunda, correspondente a cerca de 2% do capital, ainda depende do cumprimento de condições precedentes previstas nos acordos. Com a operação, a CSN Mineração passa a deter 29,91% da MRS, enquanto a participação direta da CSN cai para 7,59%.

Pelo preço implícito da transação, a MRS foi avaliada em cerca de R$ 30 bilhões, o que levaria a participação total originalmente detida pela CSN a algo próximo de R$ 5,6 bilhões.

Como mostrou o InvestNews em novembro, a venda confirma o movimento que a CSN havia sinalizado ao mercado no mês passado, quando informou de forma genérica que negociava a alienação de uma participação na MRS, sem divulgar percentuais ou valores. 

A operação ocorre em um momento em que a CSN Mineração apresenta uma situação financeira mais robusta do que a da holding. Com mais caixa e menor pressão de endividamento, a subsidiária acabou funcionando como fonte de liquidez para a controladora, que busca reforçar o caixa e reduzir alavancagem.

Do ponto de vista estratégico, o negócio também concentra a participação logística na CSN Mineração, que depende da MRS para escoar o minério produzido no Complexo Casa de Pedra, em Congonhas (MG), até o terminal portuário de Itaguaí (RJ).

A movimentação se insere ainda no plano mais amplo do grupo de criar a CSN Infraestrutura, nova empresa que reunirá ativos logísticos como a participação na MRS, terminais portuários e estruturas ferroviárias e rodoviárias, com potencial de monetização nos próximos anos.

A MRS opera cerca de 1,7 mil quilômetros de linhas ferroviárias entre Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo e é considerada um dos principais corredores logísticos do país para o transporte de minério, carvão e produtos siderúrgicos. Além da CSN Mineração, a ferrovia tem como acionistas grupos como Vale, Usiminas e Gerdau.

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