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Delta Energia estreia no mercado de capitais para investir em usinas de Geração Distribuída

Rodrigo Pereira, CFO do Grupo Delta Energia

Rodrigo Pereira, CFO do Grupo Delta Energia. Foto: Divulgação

A Delta Energia levantou R$ 250 milhões por meio da  emissão de um Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), operação que marcou a estreia da empresa no mercado de capitais. Esses recursos vão financiar o projeto de geração de energia solar voltada ao mercado de Geração Distribuída nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

O CRI emitido pela Delta tem duas séries, de sete e oito anos, que saíram com taxa de IPCA+8,1% e IPCA+8,8%, respectivamente. A oferta base havia sido de R$ 200 milhões mas, segundo o CFO da Delta, Rodrigo Pereira, a demanda forte pelo papel, de R$ 737 milhões, abriu espaço para uma captação maior. Cerca de 66% desse volume foi adquirido por investidores institucionais (gestoras e fundos de investimento). A operação foi coordenada pelo banco Modal, XP Inc. e One Corporate

O investimento total nas usinas será de R$ 314 milhões. Além dos recursos obtidos com o CRI, a empresa vai destinar recursos próprios para o projeto. Das 20 usinas, oito já estão prontas, seis em construção e outras seis ainda serão construídas. Mas todas devem estar em operação até o fim deste ano, com capacidade para acrescentar 86 megawatts à capacidade de geração da empresa.

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A ideia é que novos investimentos sejam feitos ainda em 2024. E, para isso, a empresa pretende voltar ao mercado de capitais – possivelmente com a emissão de uma debênture incentivada, caminho que ainda depende da regulamentação específica para o mercado de Geração Distribuída.

“Existe uma janela muito favorável para investir [no segmento de Geração Distribuída]”, diz Pereira. O GD consiste na formação de um pool de consumidores que, juntos, conseguem negociar com a distribuidora de energia cativa uma tarifa até 30% mais barata, do que se o fornecimento fosse feito diretamente. Para operar nesse segmento, a Delta criou a varejista Luz, que irá distribuir a energia que a Delta passará a gerar por meio das novas usinas.

A escolha da localização das usinas, segundo Luiz Fernando Leone Vianna, vice-presidente Institucional e Regulatório do Grupo Delta Energia, levou em consideração o preço da energia. Ou seja, a empresa escolhe locais onde o preço da energia é mais alto do que o preço referência no mercado livre naquela região.

O Grupo Delta Energia iniciou há 22 anos suas atividades no mercado livre de energia e , desde então, vem investindo em diversas frentes da cadeia. A companhia adquiriu a empresa de tecnologia Wisebyte que oferece serviços agregados em software e hardware em grande escala para os segmentos de energia e telecomunicações.

Em outubro de 2022, fundou a Luz, que iniciou suas operações em Geração Distribuída compartilhada e, em 2023, passou a atender consumidores no mercado livre no varejo.

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