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Dexco registra lucro líquido recorrente de R$ 198,3 mi no 1º tri

Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado e recorrente somou R$ 503,675 milhões, alta de 1,6% na mesma base de comparação.

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A Dexco (DXCO3), fabricante de painéis de madeiras, revestimentos cerâmicos e louças e metais sanitários, apresentou lucro líquido e recorrente de R$ 198,322 milhões no primeiro trimestre de 2022, recuo de 10,8% ante o mesmo período de 2021.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado e recorrente somou R$ 503,675 milhões, alta de 1,6% na mesma base de comparação. A margem Ebitda encolheu 4,4 pontos porcentuais, para 23,6%.

A receita líquida atingiu R$ 2,131 bilhões, expansão de 20,5%.

A queda no lucro foi explicada, principalmente, pelo resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras), que ficou negativo em R$ 109,724 milhões. O montante foi 5,6 vezes maior na comparação anual. Houve um aumento relevante de 218% nas despesas financeiras por conta do aumento da taxa de juros no País e seu impacto sobre encargos da companhia.

Os indicadores da Dexco no critério “ajustado” ainda excluem eventos não caixa advindos da variação do valor justo dos ativos biológicos e outros eventos considerados não recorrentes a cada trimestre. Ficou de fora, portanto, o impacto negativo de R$ 26,4 milhões da nova Divisão de Celulose Solúvel, que foi inaugurada há poucos dias e estava em fase pré-operacional.

Em sua apresentação de resultados, a Dexco destacou que teve um Ebitda recorde, mas alguns fatores – como a pressão nos custos dos insumos – arranharam a margem.

A empresa apontou que o avanço do faturamento ocorreu graças aos reajustes nos preços das mercadoria. Com isso, foi possível ampliar a receita a despeito do recuo da expedição de itens nas divisões Deca e Madeira.

A Dexco apontou que o primeiro trimestre de 2022 foi marcado pela retomada da sazonalidade, levando à queda dos volumes vendidos, em especial da Divisão Madeira, na comparação anual.

O custo dos produtos subiu 26% na comparação anual, para R$ 1,283 bilhão, impactado pela forte pressão de custos dos principais insumos, em especial ureia e gás natural, segundo a companhia.

As despesas com vendas aumentaram 37%, para R$ 282,837 milhões. No primeiro trimestre, a Dexco participou a Feira Revestir, evento mais importante no ano para a exposição de seus produtos – o que não aconteceu no ano anterior devido à pandemia.

As despesas gerais e administrativas subiram 30%, para R$ 73,772, refletindo desembolsos para digitalização da companhia, automação de processos e chegada de novas tecnologias. A rubrica também sentiu o efeito dos dissídios nos salários, na ordem de 10%.

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