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Ex-chefe da Uber acusado de encobrir ataque hacker deve enfrentar acusações

Réu foi originalmente indiciado em setembro de 2020 e acredita-se que seja o primeiro executivo de segurança da informação acusado criminalmente pelo tipo de ato.

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Um juiz federal dos Estados Unidos decidiu na terça-feira (28) que um ex-chefe de segurança digital da Uber (U1BE34) deve enfrentar acusações de fraude eletrônica por seu suposto papel na tentativa de encobrir um ataque hacker sofrido pela empresa em 2016 e que expôs informações pessoais de 57 milhões de passageiros e motoristas.

O réu foi originalmente indiciado em setembro de 2020 e acredita-se que seja o primeiro executivo de segurança da informação acusado criminalmente por ocultação de um ataque hacker.

O Departamento de Justiça dos EUA acrescentou em dezembro três acusações contra Joseph Sullivan a um processo aberto anteriormente, dizendo que ele pagou dois hackers em troca de seu silêncio, enquanto tentou esconder o ataque dos passageiros, motoristas e da Comissão Federal de Comércio do país (FTC).

O juiz distrital William Orrick rejeitou a defesa de Sullivan que argumentou problemas na acusação. Orrick também rejeitou a alegação de Sullivan de que as pessoas supostamente enganadas foram o então presidente-executivo da Uber, Travis Kalanick, e seu conselheiro geral, não os motoristas cadastrados na plataforma.

Os advogados de Sullivan não responderam imediatamente aos pedidos de comentários. Sullivan também enfrenta duas acusações de obstrução.

Os promotores disseram que Sullivan pagou aos hackers US$ 100 mil em bitcoins (BTC) e fez com que eles assinassem acordos de confidencialidade que afirmavam falsamente que não tinham roubado os dados.

Dara Khosrowshahi, atual presidente-executivo da Uber, demitiu Sullivan depois de tomar conhecimento do tamanho da invasão dos dados.

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