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Ficou sabendo? Radiação em Iphone 12; Cade e Telefônica Brasil; Priner
Agência holandesa quer explicação da Apple sobre radiação em iPhone 12
A agência de regulação digital da Holanda investiga um relatório francês segundo o qual o iPhone 12, da Apple (AAPL34), estaria violando os limites da União Europeia para a exposição à radiação e pedirá explicação à empresa norte-americana, segundo autoridade citada pelo jornal Algemeen Dagblad.
A Agência Nacional de Frequências da França (ANFR) pediu nesta terça-feira (12) que a Apple interrompa as vendas do iPhone12 no país após testes terem supostamente mostrado que a Taxa de Absorção Específica (SAR, em inglês) do telefone – um medidor da taxa de energia de radiofrequência de um equipamento absorvida pelo corpo – foi superior ao limite legal.
“Uma norma foi excedida. Felizmente, não há risco agudo de segurança, mas muito em breve teremos uma conversa com a companhia”, disse Angeline van Dijk, da Inspetoria Estatal holandesa de Infraestrutura Digital
Angeline van Dijk, da Inspetoria Estatal holandesa de Infraestrutura Digital
“Os Países Baixos atribuem tanta importância como a França à utilização segura dos telefones celulares. Os telefones celulares devem cumprir as normas europeias”, disse ao jornal holandês.
A agência reguladora de redes da Alemanha, a BNetzA, disse que poderia iniciar procedimentos semelhantes e que estava em contato próximo com as autoridades francesas, enquanto o grupo de consumidores OCU, da Espanha instou autoridades locais a suspender as vendas do iPhone 12.
A Apple disse em comunicado que o iPhone 12, lançado em 2020, foi certificado por vários órgãos internacionais como compatível com os padrões globais de radiação, que forneceu vários resultados de laboratórios da Apple e de terceiros comprovando a conformidade do telefone com as exigências da agência francesa. Afirmou ainda que estava contestando as conclusões do órgão regulador.
Tribunal do Cade aprova sem restrições acordos entre Telefônica Brasil e Winity
O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira, por maioria e sem restrições, os acordos entre as operadoras Winity Telecom, da gestora de ativos Pátria Investimentos, e Telefônica Brasil (VIVT3), para o compartilhamento de infraestrutura e rede firmados após o leilão do 5G realizado em 2021.
Os acordos, anunciados pelas empresas no ano passado, também estão sendo analisados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e são contestados por entes que incluem a NEO, associação de empresas de banda larga, TV paga e telefonia, a Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel) e a Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (Telcomp).
As operações, interdependentes, estabelecem o aluguel à Telefônica Brasil, pela Winity, de um bloco de 5 MHz + 5 MHz da frequência de 700 MHz em nível nacional adquirida pela operadora do Patria no leilão do 5G, em que a operadora de origem espanhola não pode participar pelas regras do edital. O aluguel abrange cerca de 1.100 cidades e tem duração de até 20 anos.
Os acordos entre as duas operadoras também envolvem a contratação pela Telefônica Brasil junto à Winity de cobertura para serviços de infraestrutura de telefonia móvel ao longo do território brasileiro. Além disso, a dona da Vivo disponibilizaria acesso à Winity a sua infraestrutura, em modelos de “roaming” – que permite ao cliente usar o serviço fora da área de cobertura da operadora – e, posteriormente, compartilhamento de rede via “RAN Sharing”.
Priner contrata Itaú BBA e XP para potencial follow-on de até cerca de R$280 mi
A Priner (PRNR3) engajou o Itaú BBA e a XP para coordenarem uma potencial oferta primária e secundária de ações estimada em até cerca de R$ 280 milhões, informou a empresa de serviços industriais nesta quarta-feira.
A Priner estima que a tranche primária do potencial follow-on seja de até cerca de 230 milhões de reais, enquanto a oferta secundária seria de até 50 milhões de reais, de acordo com fato relevante. A companhia não disse qual ou quais acionistas podem vender participação na transação.
Os recursos captados pela Priner seriam utilizados para potenciais aquisições nos segmentos de infraestrutura, inspeção, serviços industriais e outros, além de investimento em crescimento orgânico, substituição de equipamentos alugados, e reforço de capital de giro, segundo o documento.
O Itaú BBA será o coordenador líder da potencial operação, disse a Priner. A companhia ressaltou, porém, que ainda não foi tomada nenhuma decisão final sobre a efetiva realização da oferta.
As ações da Priner fecharam em queda de 4,83% na bolsa, a R$ 10,83.
(* com informações da Reuters)