JPMorgan inaugura safra de balanços do 2º tri com lucro acima do esperado

A temporada de resultados financeiros do 2º trimestre nos Estados Unidos começou nesta sexta-feira (14) com JPMorgan Chase e Wells Fargo superando as expectativas do mercado. Investidores também aguardam, para mais tarde, a divulgação dos números do Citigroup Inc.

Os números eram bastante aguardados, uma vez que eles oferecem um primeiro panorama sobre um período conturbado para bancos regionais dos EUA, em meio à falência do First Republic Bank.

O JPMorgan (NYSE: JPM; B3: JPMC34), principal banco dos EUA, divulgou um lucro por ação de US$ 4,37 no segundo trimestre. O resultado veio US$ 0,41 acima das projeções dos analistas. Já receita trimestral do banco alcançou a cifra recorde de US$ 41,3 bilhões, acima do consenso dos analistas, de US$ 39,15 bilhões.

O resultado foi impulsionado pelas recentes altas dos juros promovidas pelo BC norte-americano, o que vem beneficiando o setor bancário como um todo, e pela aquisição do First Republic Bank após seu colapso, que rendeu ao JP um ganho de US$ 2,7 bilhão.

O JMorgan concordou em maio em adquirir o First Republic, vencendo rivais em um leilão liderado pelo governo. O First Republic foi o quarto credor regional a entrar em colapso em questão de semanas, e sua falência foi a segunda maior da história dos Estados Unidos. O negócio tornou o maior banco dos Estados Unidos ainda maior.

“A economia dos EUA continua resiliente”, disse o CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, em comunicado nesta sexta. “O consumo permanece saudável ​​e os consumidores estão gastando, embora um pouco mais devagar. Os mercados de trabalho abrandaram um pouco, mas o crescimento do emprego continua forte”, acrescentou.

Wells Fargo: receita surpreende

O Wells Fargo & Co. também reportou resultados positivos nesta sexta-feira. O banco divulgou receitas acima do esperado e elevou seu guidance para o ano. No segundo trimestre, reportou um NII (receita recebida de juros por títulos de renda fixa) de US$ 13,2 bilhões, um aumento de 29% em relação ao ano anterior.

Os números, considerados animadores, foram divulgados em uma semana de otimismo nos mercados globais, depois que índices de inflação norte-americana apontaram para uma desaceleração – confirmando expectativas de que o Federal Reserve conseguiu controlar a alta dos preços e elevando apostas de um início de queda dos juros nos EUA.

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*Com agências