Negócios
Méliuz registra prejuízo líquido consolidado de R$ 6,3 mi no 2º trimestre
Resultado representa uma melhora de 73% ante o mesmo período de 2022.
A Méliuz (CASH3), empresa especializada em cashback, reportou prejuízo líquido consolidado de R$ 6,3 milhões no segundo trimestre desse ano, uma melhora de 73% contra o segundo trimestre do ano anterior, quando apresentou prejuízo de R$ 23,3 milhões. No critério ajustado consolidado, o prejuízo foi de R$ 3,9 milhões, também uma melhora de 11,4% ante os R$ 4,4 milhões negativos de abril a junho de 2022.
O Ebitda consolidado (excluindo os números de Bankly) foi de R$ 14,1 milhões negativos, uma melhora de 69% quando comparado a igual intervalo do ano passado. “A melhora do Ebitda na comparação anual é resultado principalmente da redução de custos e despesas realizada entre os períodos”, diz o diretor de Growth da companhia, Gabriel Loures.
Excluindo os itens extraordinários, o Ebitda consolidado ajustado foi de R$ 11,7 milhões negativos no trimestre, contra R$ 27 milhões negativos no segundo trimestre do ano passado, uma melhora de 56,7%. “Essa queda do Ebitda é resultado principalmente da menor receita no Shopping Brasil em consequência da sazonalidade do período, que já era esperada”, afirma a empresa no release de resultados reportado nesta terça-feira, 8.
Entre abril e junho de 2023, a receita líquida total atingiu R$ 72,2 milhões, aumento de 1% em relação aos R$ 71,7 milhões reportados um ano antes.
Já o GMV (valor bruto de mercadoria) somou R$ 1,195 bilhão, recuo anual de 7%. No release de resultados, a empresa destaca aumento da margem do Shopping Brasil em 53% entre os períodos, de R$ 13,0 milhões no segundo trimestre de 2022 para R$ 19,9 milhões no mesmo trimestre deste ano.
Em relação aos três meses do início do ano, a Méliuz apresentou uma queda de 6% no GMV, atribuída ao caráter do segundo trimestre do ano que é, na visão da empresa, um período com menor volume de vendas para o e-commerce Brasil. “Estamos otimistas com o resultado do e-commerce Brasil para o segundo semestre do ano, dado que sazonalmente se trata de um período com maior volume de vendas. Outras variáveis externas, como por exemplo o início da queda da taxa de juros no Brasil, devem impactar positivamente o setor no longo prazo”, diz ainda a empresa.
O net take rate (taxa líquida de serviço) da companhia ficou em 2,3%, 0,2 ponto porcentual acima da taxa da registrada um ano antes. O take rate ficou em 6,1%, queda de 0,2 p.p. Já o número total de contas totais subiu 11% ano contra ano, para 28,1 milhões.
Loures também destaca que, no trimestre, foram cumpridos importantes marcos com a parceria estratégica junto ao banco BV. “Em 1º de junho, foi realizada a assinatura do SPA (Shareholder Purchase Agreement) do Bankly, conduzindo a transação para aprovação do Bacen (Banco Central do Brasil) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a qual deve ser concluída em seis a doze meses”, observa o diretor.
Com isso, os resultados de Bankly foram eliminados dos resultados consolidados do segundo trimestre de 2023 e, para fins comparativos, dos demais períodos apresentados.
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