Oncoclínicas encerra contrato de locação e economiza R$ 300 milhões

Rede hospitalar desobrigou-se de investimento de R$ 300 milhões

Oncoclinicas
Foto: Adobe Stock Photo
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A Oncoclínicas fez um distrato, ou seja, rescindiu o contrato de locação de um imóvel não residencial em São Paulo com a Vergueiro I Participações. Essa operação foi formada na modalidade built to suit (BTS), quando uma empresa constrói um edifício sob medida para outra, que se compromete a pagar aluguel pela ocupação da área por um prazo longo, em geral, mais de 10 anos.

O contrato, originalmente assinado em 10 de outubro de 2023, previa o desenvolvimento e posterior locação de um complexo hospitalar para tratamento oncológico. Com o distrato, a Oncoclínicas extingue a relação contratual e compensa pagamentos previamente efetuados com a multa pela rescisão. Assim, a rede hospitalar se desobriga de um investimento de cerca de R$ 300 milhões.

A empresa destaca que essa ação está alinhada às suas iniciativas estratégicas para melhorar a estrutura de capital e otimizar seu posicionamento em conformidade com as condições de mercado e objetivos de longo prazo.

O Grupo Oncoclínicas é líder no setor de tratamento oncológico no Brasil, oferecendo serviços integrados como quimioterapia, radioterapia e diagnóstico. A empresa tem crescido por meio de aquisições e parcerias, consolidando sua presença em um segmento de alta demanda.

Em agosto, a Oncoclínicas indicou que está avaliando alternativas para aprimorar sua estrutura de capital, incluindo um potencial aumento de capital que poderá movimentar R$ 1,5 bilhão, impactando a participação de acionistas minoritários.

Grupos detentores dos títulos de dívida da empresa já acenaram com a possibilidade de participar da operação com mais de R$ 800 milhões, disse uma fonte.

A empresa também confirmou a contratação do banco de investimento Rothschild como assessor financeiro da operação de aumento de capital – informação antecipada pelo InvestNews –, e o Spinelli Advogados como seu assessor legal.

O balanço do segundo trimestre deste ano mostrou que a dívida líquida da empresa está hoje em R$ 3,7 bilhões, o equivalente a 4,4 vezes o Ebitda. Um ano antes, esse indicador de alavancagem era bem menor, de 2,2 vezes.

Essa dívida custa caro: boa parte dela é pós-fixada, ou seja, é corrigida com base no CDI. E esse nível de alavancagem colocou sob ameaça um covenant da empresa – compromisso estabelecido junto aos credores e que, se for descumprido, abre caminho para que a dívida seja executada. 

Para lidar com o aperto, a companhia está vendendo ativos. A Oncoclínicas vendeu o Hospital de Oncologia do Méier, no Rio de Janeiro, para a Hapvida, por R$ 5,3 milhões. Também foi firmado um acordo por uma fatia de 84% no Complexo Hospital Uberlândia (UMC), em Minas Gerais, para Alexandre de Menezes Rodrigues, um dos fundadores do empreendimento, por R$ 160 milhões. Há ainda um processo de venda bem encaminhado para uma unidade de Belo Horizonte.

Mas analistas dizem que, além do endividamento, um ponto que gera muita incerteza é a indefinição sobre quem irá, de fato, comandar a companhia após o rearranjo na base acionária que começa a se desenhar. Neste momento, a leitura é de que não há clareza sobre o que o grupo de controle pensa para a companhia.

Disclaimer: Este texto foi escrito por um agente de inteligência artificial a partir de informações oficiais e de bases de dados confiáveis selecionadas pelo InvestNews. O trabalho foi revisado pela equipe de jornalistas do IN antes de sua publicação.

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