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Podemos mostrar um Brasil mais sustentável na COP27, diz ministro Joaquim Leite

Representante do Meio Ambiente participou de evento em São Paulo nesta sexta-feira sobre compromisso empresarial para o futuro sustentável.

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O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou que o Brasil pode se apresentar como um país mais sustentável na 27ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP27), marcada para novembro no Egito, especialmente em relação à energia. Em evento sobre futuro sustentável promovido pela Amcham na capital paulista, nesta sexta-feira (14), Leite disse que a energia está sendo olhada por outros países como oportunidade de investimento.

“Essa conferência do clima vai olhar muito para energia. Acho que é um desafio global essa crise energética que está tendo, e o Brasil é parte da solução. O que temos desenhado como estratégia é levar o Brasil das energias verdes e as oportunidades de consumo dessa energia, de preferência no próprio Brasil, fazendo uma transformação na produção como a de menor pegada de carbono no mundo”, disse o ministro.

Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. Crédito: Fábio Rodrigues-Pozzebo/Agência Brasil/18/11/2021

Mercado de carbono no Brasil

Durante o evento, o ministro do Meio Ambiente comentou sobre a criação do mercado regulador de crédito de carbono no Brasil, ocorrido em maio deste ano. Segundo Leite, para ele nascer nacional e mais forte é preciso de setores aderindo a este mercado.

De acordo com o ministro, cerca de 12 setores já assinaram um memorando de intenção, entre eles o de açúcar e álcool e de reciclagem, e, agora, o próximo passo é realizar estudos para saber quais serão as curvas de redução de emissões para atingir a neutralidade climática até 2050.

“Acho que os setores mais intensos em emissões têm o maior desafio. O grande desafio é para onde vai o mundo em relação a escopo 1, 2 e 3, com custo alto, se a gente quer reduzir as emissões”, afirmou o ministro.

O ministro destacou ainda que a emissão zero é quase impossível em alguns setores, como o de transporte aéreo, por exemplo, pois encareceria em cinco vezes mais o preço de uma passagem aérea.

“Tem que ter cuidado senão bloqueia algumas atividades econômicas, podendo gerar inflação grande. Temos que ter a responsabilidade de fazermos uma transição justa e com toda serenidade possível em relação ao tema, buscando tecnologias que resolvam esse assunto”, defendeu o ministro.

Leite informou que o Brasil já assinou dois acordos bilaterais de fomento ao mercado regulado de crédito de carbono, um com o Japão e o outro com os Emirados Árabes, para começar a desenhar acordos e, na sequência, poder seguir para o mercado de forma global, com 194 países.

“Se fizer esses acordos, vai começar a trazer metodologias, transações, vai fazer o mercado acontecer, os investimentos virão e o Brasil será protagonista neste mercado, por características naturais e econômicas”, disse o ministro.


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