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SLC Agrícola fecha acordo de R$ 1 bilhão com investidor estrangeiro para irrigar fazendas na Bahia

Investidor por trás do projeto é o fundo de pensão canadense PSP Investments, diz portal

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A SLC Agrícola, uma das principais produtoras de grãos do país, fechou um acordo de R$ 1,03 bilhão com fundos do BTG Pactual para financiar projetos de irrigação e infraestrutura em duas de suas fazendas na Bahia. 

Pelos termos do negócio, serão criadas sociedades de propósito específico (SPEs) com 50,01% da SLC e 49,99% dos fundos do BTG. Segundo apuração do portal Agfeed, o investidor por trás do projeto é o fundo de pensão canadense PSP Investments, que tem US$ 212 bilhões sob gestão.

A SLC entra com as fazendas e a estrutura já instalada, enquanto os fundos do BTG entram com o dinheiro. Parte dos recursos será usada para comprar 21,5 mil hectares da própria SLC e bancar novos sistemas de irrigação.

O acordo reforça a estratégia de modelo “asset light” que a companhia vem adotando nos últimos anos — transformando parte das terras em investimento compartilhado, mantendo o controle das operações e liberando caixa para expandir.

O acordo envolve duas fazendas da SLC na Bahia. A Fazenda Piratini, que já tem projeto de irrigação em andamento, receberá um novo ciclo de investimentos para ampliar em 6,3 mil hectares a área irrigada até 2026, chegando a 13,2 mil hectares no total. A infraestrutura existente, avaliada em R$ 86 milhões, será transferida para a nova sociedade formada com o BTG.

Aurelio Pavinato, CEO da SLC Agrícola. Crédito: Tiago Coelho/Bloomberg: Tiago Coelho/Bloomberg

Já a Fazenda Paladino, com 21,5 mil hectares de terras agricultáveis, será vendida pelas subsidiárias da SLC à joint venture por R$ 723 milhões, em duas parcelas — metade no fechamento e metade em 2026.

O projeto de irrigação ali será iniciado do zero, com previsão de 14,7 mil hectares irrigados entre 2028 e 2030, dependendo de licenças para captação de água e fornecimento de energia. A infraestrutura atual, avaliada em R$ 27 milhões, também fará parte da operação.

As SPEs passam a ser donas das terras, mas a SLC continua tocando o cultivo, agora em contratos de parceria rural de 18 anos. Em troca, os sócios receberão 19% da produção agrícola.

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