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Vale retoma parcialmente operações em Minas Gerais após chuvas intensas

A companhia estimou que a paralisação pode ter um impacto de aproximadamente 1,5 milhão de toneladas na produção e compra de minério de ferro.

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A Vale (VALE3) informou nesta segunda-feira que retomou de forma parcial e gradual suas operações em Minas Gerais após o período de chuvas intensas que atingiram a região no início deste ano.

Em comunicado, a mineradora afirmou que, no Sistema Sudeste, a circulação de trens na Estrada de Ferro Vitória a Minas foi retomada no trecho Rio Piracicaba – João Monlevade, permitindo a expedição gradual da produção de Brucutu e Mariana. Não há mais produção paralisada nesse Sistema em decorrência das chuvas.

Já o ramal de BH, responsável pelo transporte de carga geral, encontra-se paralisado. Estão sendo estudadas alternativas logísticas para o retorno definitivo do ramal e para o escoamento da carga geral enquanto ele permanecer paralisado.

No Sistema Sul, foram liberados alguns acessos rodoviários e viabilizados outros alternativos, permitindo a circulação de empregados e terceiros às minas, e consequentemente, os trabalhos de adequação da infraestrutura das frentes de lavra das minas. Segundo a Vale, vários trechos das ferrovias da MRS tiveram sua circulação de trens liberada ou têm previsão de liberação ao longo da semana.

Com isso, foram retomadas, de forma gradual, as usinas de Abóboras, Vargem Grande, Fábrica e Viga, que representam cerca de metade da capacidade atual do Sistema Sul. As demais usinas deverão ser retomadas nos próximos dias, disse a mineradora.

A companhia estimou que a paralisação pode ter um impacto de aproximadamente 1,5 milhão de toneladas na produção e compra de minério de ferro. Mas, considerando o impacto sazonal de chuvas em todas as suas operações, a mineradora manteve a projeção para produção do minério em 2022 em 320 a 335 milhões de toneladas.

Em relação a suas barragens na região, a companhia disse que permanece com gestão e monitoramento contínuo.

A mineradora informou sobre uma alteração nas condições de segurança de duas estruturas. Na barragem Área IX, houve elevação do protocolo de emergência de nível 1 para nível 2, após alterações piezométricas na ombreira direita da estrutura. A estrutura está desativada.

Já em Dique Elefante, a Vale iniciou o protocolo de emergência em nível 1, após erosão na ombreira direita da estrutura, sem o comprometimento de sua estabilidade global. O dique de contenção de sedimentos está em descaracterização.

Segundo a companhia, já foram iniciados estudos e ações corretivas em ambos os casos.

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