A NFL vai abrir suas estatísticas para os fãs — desde que eles paguem por isso
NFL Pro permitirá o acesso ao tipo de métricas sofisticadas e granulares que outras ligas há muito disponibilizam aos fãs
Se você assistiu à NFL na última temporada, provavelmente sabe que nenhum quarterback foi mais perigoso no campo do que o novato do Houston Texans, C.J. Stroud.
O que você não sabia é o grau do perigo.
Acontece que Stroud acumulou mais pontos para sua equipe em arremessos profundos do que qualquer outro passador da liga. Ele acertou 30 de 51 passes lançados a pelo menos 20 jardas além da linha de scrimmage, uma taxa de conclusão de 58,8% nessas jogadas arriscadas, mas muito recompensadoras. Com base na dificuldade desses passes, esperava-se que Stroud tivesse sucesso em apenas 42,2% deles.
Esses tipos de dados granulares existem há anos, mas até agora estavam longe da vista do público. Nesta temporada, no entanto, a NFL finalmente os disponibiliza para o público.
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Antes do início da temporada no mês que vem, a liga lançou a NFL Pro, ferramenta que permitirá que os fãs de futebol americano se divirtam mais do que nunca. Ela combina estatísticas tradicionais com métricas avançadas e imagens de jogos, abrindo uma nova fonte de informações. Por exemplo, na tabela de classificação dos quarterbacks com base nos melhores passes profundos, clicar na célula com as 30 conclusões de Stroud irá imediatamente trazer uma lista de todos esses arremessos.
O novo produto ajuda a NFL a se equiparar a outras ligas, como a MLB e a NBA, que há muito oferecem aos fãs amplo acesso aos dados essenciais disponíveis na moderna tecnologia de monitoramento, desde a velocidade de saída de um home run de Shohei Ohtani até a porcentagem de arremessos de três pontos de Stephen Curry. Desde que a NFL lançou seu Next Gen Stats em 2016, o liga tem esses tipos de dados, mas não os oferecia publicamente. Na verdade, apenas partes deles estavam disponíveis.
“É um reconhecimento de que os fãs estão querendo mais informação”, diz David Jurenka, vice-presidente sênior e gerente geral da NFL Media. “Sentimos que temos um verdadeiro tesouro.”
Detalhar o sucesso de passes de vários quarterbacks é apenas uma pequena fatia das informações disponíveis, mas é útil para entender o quanto mais pode ser obtido com esses tipos de dados avançados. Porque, embora Stroud tenha se destacado mais nesses arremessos longos, os números mostram que na verdade havia dois passadores que estavam em uma posição melhor para ter sucesso.
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Nas tentativas de Stroud com mais de 20 jardas aéreas, seus alvos tinham uma média de 2,5 jardas de separação do defensor mais próximo. Essa foi a terceira maior distância da liga, atrás de Brock Purdy (3 jardas) do San Francisco 49ers e Jared Goff do Detroit Lions (3,1 jardas), o que significa que Purdy e Goff estavam jogando para receivers que estavam abertos por meia jarda a mais do que os de Stroud.
Isso também coloca os números por trás da excelente reputação dos decisores de jogadas ofensivas dessas três equipes — o coordenador ofensivo do Texans, Bobby Slowik, o técnico do 49ers, Kyle Shanahan, e o coordenador ofensivo do Lions, Ben Johnson —, porque quantifica exatamente o quanto seus receivers estão livres no campo.
“Vemos isso como a união do lado quantitativo da análise com o lado qualitativo”, diz Tyler Fuller, gerente sênior de produtos.
Este novo nível de análise não é gratuito. Ela será adicionada ao NFL+, o serviço de streaming da liga que permite aos fãs transmitir jogos específicos e lhes dá acesso à NFL Network e ao canal RedZone. A versão premium custa US$ 14,99 por mês. O lançamento também ocorre no momento em que a NFL continua a explorar a possibilidade de vender participações em suas propriedades de mídia para parceiros estratégicos, processo que já dura três anos.
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Bill Smith, diretor de pesquisa e análise, diz que os filmes All-22 — imagens de grande angular populares entre treinadores, executivos e especialistas em futebol — oferecidos na NFL+ não foram satisfatórios, e que procuraram melhorá-los combinando-os com as métricas avançadas que a liga já tinha internamente.
“Nunca demos aos fãs a oportunidade de brincar com a grande quantidade de dados que temos”, diz Smith. “É uma melhora considerável do que fizemos no passado do ponto de vista do produto e o que disponibilizamos aos fãs.”
Escreva para Andrew Beaton em [email protected]
traduzido do inglês por investnews