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‘Steve Jobs: as verdadeiras lições de liderança’, um livro que rega a imaginação
No texto, empresário comenta que ‘decidir o que não fazer é tão importante quanto decidir o que fazer’.
Antes de começar a falar sobre o tema desta coluna, quero agradecer em especial ao autor do brilhante livro “Steve Jobs, as verdadeiras lições de liderança“, que é o Walter Isaacson, pelo texto. Vale contar que o biógrafo foi convidado pelo próprio Steve Jobs para escrever o livro, que leva em conta a síntese do pensamento do gênio do marketing e liderança inovadora.
A essência da imaginação aplicada
Jobs tinha um extraordinário talento para fazer a convergência entre a humanidade e a ciência. E sabia, como ninguém, aplicar a imaginação à tecnologia e aos negócios. Esta visão cada vez mais atual resolve o dilema entre inteligência artificial e habilidades humanas, as soft skills.
Apple e seu legado
Com esta visão de humanidade e tecnologia, ele construiu a companhia mais valiosa do mundo, a Apple (AAPL34), que foi capaz de transformar sete indústrias: computação pessoal, filmes de animação, música, telefones, tablets, lojas de varejo e publicação digital.
Qual foi a criação mais importante de Jobs?
Segundo o Isaacson, em uma conversa com o Jobs, ele perguntou ao empresário qual era a sua criação mais importante. Ele conta que estava esperando Steve responder algo como: “iPad ou Macintosh”. Mas não foi nada disso. Jobs deu como resposta a sua empresa Apple.
“Fundar uma companhia duradoura era ao mesmo tempo mais difícil e mais importante do que criar um grande produto”, disse Jobs para Walter Isaacson. E como ele fez? Do livro, destaco os conceitos chaves comentados, o qual uso como um guia de sucesso.
Foco, foco, foco
“Decidir o que não fazer é tão importante quanto decidir o que fazer”, afirmava sempre Jobs. “Isso vale para empresas, e também para produtos”. Este é o guia para definir as suas prioridades. Saber o que não fazer!
Simplifique e concentre-se no essencial
A simplicidade verdadeira não é superficial nem tão pouco apenas um estilo minimalista. “Simplificar é buscar o fundamento da sua essencialidade e eliminar os componentes desnecessários”.
Em síntese, lembra Jobs, inspirado na visão de um dos gênios do Renascimento, Leonardo Da Vinci: “A simplicidade é a máxima sofisticação”.
Lembro aqui da Coco Chanel que simplificou ao branco e preto a essência da sofisticação e beleza. A simplicidade que vem da conquista da complexidade, e não do seu desconhecimento.
O que é uma empresa inovadora?
A marca de uma empresa inovadora não é apenas apresentar ideias novas antes das concorrentes, ela sabe como dar um pulo por cima e ir além! Em vez de simplesmente alcançar os outros, crie algo que vai além, que deixe a concorrente atrás de sua empresa. Pule o lugar comum, nos instiga Steve Jobs.
Assim Jobs fez ao criar um sistema integrado que transformaria a indústria da música. O resultado foi o surgimento do iTunes, da iTunes store e do iPod, que permitiram aos usuários comprar, compartilhar, administrar, armazenar e tocar música melhor do que com qualquer outro dispositivo. Foi dessa forma que Steve Jobs transformou sete indústrias: computação pessoal, filmes de animação, música, telefones, tablets, lojas de varejo e publicação digital.
- Descubra a história de Steve Jobs: o homem que mudou o mundo com a Apple
Coloque os produtos à frente dos lucros
A primeira coisa é concentrar-se em fazer um bom produto. Os lucros virão depois.
Assim Jobs fez e criou produtos inovadores: o ágil iMac, o Powerbook, e depois o iPod, o iPhone e o iPad.
Como Jobs disse certa vez: “Minha paixão foi construir uma empresa duradoura, onde as pessoas se sentissem incentivadas a fabricar grandes produtos.Tudo que veio a mais era secundário. Claro, foi ótimo ganhar dinheiro, porque era isso que nos permitiu fazer grandes produtos, mas eles, os produtos, não o lucro, eram a motivação”.
Não fique escravo de grupos de discussão
Particularmente essa máxima prático com afinco e com sucesso. E no livro, Walter Isaacson lembra mais uma vez o que disse Steve Jobs: “Porque as pessoas não sabem o que querem até que a gente mostre a elas”.
E invocou a frase de Henry Ford: “Se eu perguntasse aos consumidores o que queriam, eles teriam dito: ‘um cavalo mais rápido!'”
Entender profundamente o que os consumidores querem é muito diferente de viver perguntando o que desejam. Requer intuição e instinto para desejos ainda sem formatos. “Nossa tarefa é ler coisas que ainda não foram impressas”, disse Jobs.
Lembro aqui uma outra máxima, diria uma regra de ouro de Jobs: “Quando você faz para si mesmo ou para seu melhor amigo, ou para sua família, você não vai fazer porcaria”.
E como criar um posicionamento poderoso?
As pessoas formam opinião de uma empresa ou de um produto com base na maneira como é apresentada, lembra Steve Jobs. Ou seja, as pessoas julgam o livro pela capa.
Jobs usava o design para imputar uma mensagem, não apenas para torná-lo mais funcional. A isso chamamos de conhecer todos os detalhes e estruturar estratégias abrangentes e, ao mesmo tempo, concentre-se nos detalhes!
Recomendo a leitura com um bloco de notas ao lado, para recriar os poderosos insights deste fascinante livro!
Ave Jobs!
Aloísio Sotero é professor e mentor em Precificação e Gestão de Negócios. Vice-diretor da Faculdade Central do Recife e membro do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. |
As informações desta coluna são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação.
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