Economia

5 fatos para hoje: novo Bolsa Família e vendas no Dia dos Namorados

O comércio físico brasileiro registrou alta de 13,7% nas vendas para a data.

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1- Bolsonaro anuncia novo Bolsa Família de R$ 300

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na terça-feira (15) que o novo Bolsa Família pagará R$ 300 em média para os beneficiários do programa. Em entrevista à afiliada da “TV Record” em Rondônia, ele citou que a inflação de produtos que compõem a cesta básica ficou “em torno de 14%”, e alguns itens chegaram a subir 50%.

“O Bolsa Família, a ideia é dar um aumento de 50% para ele em dezembro, para sair de média de R$ 190, um pouco mais de 50% seria (o aumento), para R$ 300. É isso que está praticamente acertado aqui”, disse o presidente.

No entanto, o valor é maior do que está sendo gestado dentro do próprio governo. Nesta segunda-feira, o “Estadão” apurou que o valor médio do benefício deve ser em torno de R$ 250.

Na entrevista, Bolsonaro afirmou que hoje “está na casa dos 18 milhões de famílias que recebem o Bolsa Família” (na verdade, são 14,7 milhões, segundo dados de maio do Ministério da Cidadania) e ponderou que se trata de um número “bastante grande”.

“Pesa para a União, mas nós sabemos da dificuldade da nossa população. Então a equipe econômica já praticamente bateu o martelo nesse novo Bolsa Família a partir de dezembro, de R$ 300 em média”, reafirmou.

Bolsonaro disse ainda que o auxílio emergencial deve ter uma prorrogação de “mais duas ou três parcelas” de R$ 250 em média e que a medida precisa ser feita “com responsabilidade”.

2- Jovens até 29 anos têm menor probabilidade de serem contratados com carteira

Após a pandemia abalar o mercado de trabalho, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia traçou um diagnóstico das principais barreiras para a recuperação do emprego e detectou que jovens até 29 anos têm probabilidade menor de conseguir emprego com carteira assinada, traço que tende a se acentuar em momentos pós-crise.

O órgão atribui essa dificuldade ao custo de contratação, considerado elevado no Brasil, e sugere que a redução dos encargos trabalhistas poderia garantir empregos mesmo sob “condições adversas”.

A SPE analisou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, que traz dados tanto do mercado formal quanto informal. Segundo o estudo, em 2012, um jovem até 29 anos tinha 75% das chances que um “não jovem” (com 30 anos ou mais) de ser contratado com carteira assinada.

Até 2014, essa proporção se manteve acima dos 70%, mas desabou com a recessão de 2015 e 2016. Embora tenha se recuperado levemente no período mais recente, a probabilidade de um jovem ser admitido no mercado formal era de 63% na comparação com os trabalhadores mais velhos.

Para ele, o fato de os jovens terem menor experiência acaba fazendo com que eles sejam preteridos nas seleções. Isso é agravado em períodos de crise, quando trabalhadores mais experientes e qualificados engrossam as filas de desemprego e passam a competir pelas vagas, deixando os trabalhadores mais novos em desvantagem.

Como resultado, a quantidade de jovens na informalidade é maior do que o número dos que têm carteira assinada, tendência que se inverte por volta dos 28 anos, quando o emprego formal passa a ser a principal maneira de inserção no mercado.

3- Reforma administrativa deve ser votada até 1ª quinzena de agosto em comissão, diz relator

O relator da reforma administrativa, deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), afirmou nesta terça-feira que a proposta deve ser votada na comissão especial onde tramita até a segunda quinzena de agosto.

O deputado pretende levar na quarta-feira uma sugestão de temas a serem debatidos em audiências públicas, como cláusulas de desempenho para funcionários públicos, estabilidade no serviço público, cargos em comissão e cargos em chefia.

“Espero que até o começo de agosto no mais tardar na primeira quinzena de agosto nós tenhamos condições de ter um relatório pronto, após as audiências públicas, para ser apreciado pelo plenário da comissão”, disse o relator em live transmitida pelo jornal Valor Econômico.

“Adianto que acho um exagero nós termos que fazer 40 audiências públicas“, disse Oliveira Maia. “O mínimo é dez, é muito pouco, mas acho que não precisa também chegarmos nem perto do máximo.”

A comissão especial que discutirá o mérito da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa foi instalada na última semana. A PEC já teve sua admissibilidade aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

4- Líderes democratas iniciam conversas por pacote mais amplo

Líderes democratas começaram a discutir os contornos de um amplo pacote com cuidados infantis, questão climática e educação nesta terça-feira, 15, em um esforço para apaziguar as preocupações da ala progressista do partido sobre o escopo mais restrito de uma proposta de infraestrutura bipartidária em discussão.

Democratas progressistas em ambas as casas legislativas criticaram o tamanho e a amplitude de um acordo mais limitado alcançado no final da semana passada por um grupo bipartidário de dez senadores. Eles ameaçaram reter seus votos a menos que recebessem garantias de que seria acompanhado por um pacote de longo alcance que poderia ser aprovado apenas com votos democratas.

“Seria muito difícil para nós votarmos em um pacote bipartidário menor que deixasse de fora muitas de nossas prioridades”, afirmou a deputada Pramila Jayapal, que é presidente do Congressional Progressive Caucus. Segundo ela, os líderes do partido precisam mover um segundo pacote mais amplo ao mesmo tempo, por meio de um processo separado, dependendo apenas dos votos democratas.

O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, planeja se reunir amanhã, 16, com todos os onze democratas no Comitê de Orçamento da Casa para começar a moldar os detalhes da resolução orçamentária do ano fiscal de 2022, que mapeará os parâmetros do segundo pacote. Schumer transmitirá aos legisladores que a estrutura deve incluir disposições sobre clima e cuidados infantis, disse um assessor democrata.

5- Dia dos Namorados tem alta recorde ante 2020 nas vendas físicas, diz Serasa

O comércio físico brasileiro registrou alta de 13,7% nas vendas para o Dia dos Namorados em relação ao ano passado. O crescimento registrado foi recorde de toda a série histórica do índice para a data comemorativa e mais expressivo que o Dia das Mães deste ano, que registrou aumento nas vendas de 6% em relação a 2020. Os dados são da Serasa Experian.

Na comparação entre os fins de semana que antecederam o Dia dos Namorados, o aumento foi de 3,2%, e na cidade de São Paulo, o aumento das vendas comparado com o ano passado foi de 11,3%.

No entanto, para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, é necessário ter cautela na análise dos dados porque a crise do ano passado, causada pela pandemia e a consequente queda generalizada nas vendas, “faz com que o número recorde (13,7%) se torne apenas uma recuperação parcial“.

(*Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo)

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