Em 2020, a bolsa brasileira teve um boom de IPOs. Já o ano de 2021 – pelo menos por enquanto – tem sido marcado por cancelamentos de novas ofertas de ações. Só em abril foram feitos mais de 20 cancelamentos. Seja pela retomada econômica e a vacinação em ritmo mais lento em terras brasileiras, muitas empresas decidiram dar dois passos atrás.
Porém, o mês de maio foi marcado por uma retomada no número de pedidos de novas ofertas de ações, em especial por empresas controladas por grandes corporações, como é o caso da CSN Cimentos e da Raízen. Esta última pode vir a ser um dos maiores IPOs da história da B3.
Segundo o analista da Nord Research, Bruce Barbosa, a demanda pelo mercado em geral é muito dependente do que está acontecendo com o mercado. “Se a bolsa começa a cair, há um receio generalizado por perder dinheiro. E no caso de novas ofertas de ações, só faz a companhia que de fato precisa de dinheiro. Quem não precisa de dinheiro, recua”, explica o analista, justificando os cancelamentos nos meses de março e abril.
Ainda segundo ele, um outro ponto a favor da retomada da temporada de IPOs é a alta das commodities, o que consequentemente puxou o PIB. Teve também um aumento no fluxo do capital estrangeiro, o que consequentemente trouxe mais dinheiro para a bolsa brasileira. Então, é como se o vento agora estivesse a favor.
Porém, o analista ressalta que a janela ainda é muito curta. Janela, para quem não sabe, é o termo que o mercado costuma usar para se referir a períodos em que o investidor se mostra mais receptivo ao lançamento de novas ações. E neste momento, essa janela é considerada pequena.
Apesar de ser difícil de analisar uma empresa que ainda vai abrir capital na bolsa, o mercado parece já ter as suas apostas. No Cafeína desta quarta, 15, Samy Dana e Dony De Nuccio fazem um raio-x de Raízen, CSN, SmartFit, Traders Cub e Multilaser.
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