Economia
5 fatos para hoje: bitcoin abaixo de US$ 20 mil; Nasa volta à lua
Maior e mais conhecida criptomoeda do mundo, caiu mais 1,5% neste sábado, para US$ 19.946, uma queda de US$ 298 em relação ao último fechamento.
1 – Bitcoin cai abaixo de US$ 20 mil com foco em Jackson Hole
O bitcoin (BTC) caiu abaixo dos US$ 20.000 neste sábado (27), mantendo movimento de queda que derrubou a moeda digital em quase 60% em relação ao patamar mais alto deste ano.
O bitcoin, maior e mais conhecida criptomoeda do mundo, caiu mais 1,5% neste sábado, para US$ 19.946, uma queda de US$ 298 em relação ao último fechamento.
A criptomoeda caiu 58,7% frente ao patamar mais alto de 2022, de US$ 48.234, atingido em 28 de março.
Enquanto isso, o ether, moeda ligada à rede de blockchain ethereum, caiu 2,76%, para US$ 1.467,2, perdendo US$ 41,60 em relação ao seu último fechamento.
A queda do bitcoin acontece após um dia fraco para a moeda na sexta-feira, quando caiu junto com Wall Street.
A fraqueza em ativos de risco chega após o chair do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, alertar contra a expectativa de um fim rápido no aperto monetário em curso. As ações do Fed levaram alguns investidores a preverem mais problemas para a renda variável.
“O bitcoin foi abaixo de US$ 20 mil, com os investidores esperando que um fim de semana cheio de pessimismo em Jackson Hole derrube o sentimento”, disse Edward Moya, analista sênior de mercado da Oanda, neste sábado.
“Os bancos centrais de Europa e Ásia devem ser muito mais pessimistas do que o líder do Fed, e isso levou muitos traders a se prepararem para uma abertura fraca na noite de domingo”, acrescentou.
A última vez que o bitcoin ficou abaixo de US$ 20 mil foi em meados de julho.
2 – Meta fecha acordo para encerrar caso de dados vazados com a Cambridge Analytica
A Meta (FBOK34), proprietária do Facebook, chegou a um acordo para encerrar uma ação movida por usuários da plataforma devido às práticas da empresa no caso de compartilhamento de dados com a Cambridge Analytica, de acordo com arquivos do processo judicial acessados nesta sexta-feira (26).
As duas partes no caso apresentaram uma notificação conjunta na qual declaram que “a princípio chegaram a um acordo” e estavam pedindo um prazo de 60 dias para entregá-lo por escrito ao tribunal. Os termos do acordo não foram revelados.
A Bloomberg News informou na sexta-feira que a notificação do acordo foi feita antes de o presidente executivo da companhia, Mark Zuckerberg, ter de passar horas de questionamentos feitos por advogados que representam usuários. A Meta não respondeu ao pedido da MarketWatch para comentar.
O caso trata do acesso, sem autorização expressa, de dados de usuários do Facebook pela Cambridge Analytica em 2018. Fonte: Dow Jones Newswires.
3 – Preço da gasolina cai pela 2ª semana seguida, afirma ANP
Doze dias após a redução de 4,8% do preço da gasolina nas refinarias da Petrobras (PETR3, PETR4), o combustível voltou a ceder na semana de 21 a 27 de agosto na comparação com a semana anterior, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O preço médio caiu 2,7%, para R$ 5,25 o litro. O preço mais alto encontrado pela ANP foi de R$ 7,00 o litro, na cidade de Tefé (AM), e o mais baixo de R$ 4,19, em Castro (PR).
O diesel também continua em queda no mercado interno, segundo levantamento da ANP em todo País. A queda na última semana foi de 1,7%, com o preço médio de R$ 7,01 por litro. O valor mais alto foi encontrado a R$ 8,98, em Barra Mansa (RJ), e o mais baixo a R$ 5,99 o litro, em Florianópolis (SC).
Paridade
Já em comparação com o mercado internacional, a gasolina está 7% mais cara no Brasil, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), podendo sofrer uma redução de R$ 0,22 por litro, enquanto o diesel está com o preço interno 5% abaixo do praticado no Golfo do México, usado como parâmetro pelos importadores, e deveria ter uma alta de R$ 0,26 por litro para atingir a paridade com os preços internacionais.
A diferença de preços em relação ao mercado externo do diesel é mais alta no Porto de Aratu, na Bahia, onde o combustível está sendo vendido com preço 10% menor do que no Golfo. No caso da gasolina, o porto de Suape, em Pernambuco, é o que registra maior discrepância em relação ao mercado internacional, com o preço 10% acima do praticado no Golfo, indicando uma janela favorável para importação.
4 – BCE deve realizar novo grande aumento de juros em setembro, diz Kazaks
Uma recessão na zona do euro agora é muito provável, mas isso por si só não reduzirá a inflação e o Banco Central Europeu (BCE) deve optar por um grande aumento de juros no próximo mês, disse o membro do BCE Martins Kazaks neste sábado (27).
O BCE elevou as taxas de juros em 50 pontos-base em julho, para zero, e um movimento semelhante está sendo precificado para reunião de 8 de setembro, mas alguns membros do banco começaram a falar sobre um aumento ainda maior à medida que as perspectivas de inflação estão se deteriorando.
“Antecipar aumentos de juros é uma escolha política razoável”, disse Kazaks, chefe do banco central da Letônia, à Reuters. “Devemos estar abertos a discutir (aumentos de) 50 e 75 pontos-base como possíveis movimentos”.
“Da perspectiva atual, deve ser pelo menos 50”, disse Kazaks em entrevista no simpósio anual do Federal Reserve (Fed), em Jackson Hole.
O problema é que, em 8,9%, a inflação é mais de quatro vezes a taxa colocada pelo BCE como meta, e ainda é provável que os preços subam mais antes de um recuo lento.
Com taxas de juros em zero, o BCE ainda está dando suporte à economia e Kazaks disse que o banco deve atingir o nível neutro, que nem freia nem estimula a economia, no primeiro trimestre do próximo ano.
“Se percebermos que precisamos ir além do neutro, não tenho dúvidas de que o faremos”, disse ele. “Se não observarmos quedas significativas no núcleo da inflação, talvez precisemos ir além do neutro. Mas não vamos nos antecipar.”
Ele acrescentou que o BCE deve reduzir seu balanço patrimonial em algum momento, mas, por enquanto, deve lidar predominantemente com as taxas de juros.
Uma complicação para os formuladores de política monetária do bloco é uma recessão iminente, devido principalmente ao aumento dos preços da energia impulsionados pela guerra na Ucrânia.
“Com essa inflação alta, evitar uma recessão será difícil, o risco é substancial e uma recessão técnica é muito provável. Na Letônia, uma recessão faz parte do cenário base”, acrescentou Kazaks.
5 – Nasa inicia contagem regressiva para volta à Lua
Tudo está praticamente pronto para o tão aguardado lançamento da Missão Artemis I, da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), previsto para esta segunda-feira (29) direto da plataforma de Lançamento 39B, do Centro Espacial Kennedy, na Flórida.
O que ainda preocupa técnicos e engenheiros da missão que pretende retornar à lua são as condições climáticas, já que foram registrados relâmpagos neste fim de semana e há probabilidade de chuvas esparsas.
Mesmo assim, segundo comunicado da Nasa nesse domingo (28), as condições climáticas favoráveis para o lançamento do foguete Space Lauch System (SLS) e da cápsula Orion nesta segunda-feira são de 80%.
As equipes de meteorologia da agência destacam, entretanto, que essa probabilidade máxima de tempo favorável (80%) refere-se às primeiras duas horas da janela de lançamento, que começa às 8h33 (9h33, horário de Brasília).
Esta é a primeira ação do programa Artemis, que tem o objetivo de levar um voo tripulado ao satélite natural da terra nos próximos anos. E mais, de levar a primeira mulher ao solo lunar.
Além disso, a missão ambiciona ampliar a atuação no sistema solar: construir uma base lunar permanente, sustentável e fazer com que a lua seja um ponto de apoio para projetos no planeta vizinho, Marte.
Conquista do espaço
A viagem não tripulada de hoje marca uma série de testes na órbita da Lua, tanto em relação aos equipamentos quanto à cápsula Orion, que deve levar até quatro astronautas na segunda etapa da missão, prevista para ocorrer até 2026.
Além disso, será testada uma peça fundamental na missão, o Módulo de Serviço Europeu, responsável, por exemplo, pelos sistemas de abastecimento de água, energia, propulsão, controle da temperatura dentro da cápsula e fruto da parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA).
Segundo a ESA, a missão, que será comandada aqui da terra, pode durar entre 20 e 40 dias e terminará de volta à terra com um mergulho no Oceano Pacífico, na costa da Califórnia, nos Estados Unidos.
O voo de volta à Lua, organizado pela Nasa em parceria com 21 países, inclusive o Brasil, representa o retorno ao satélite 50 anos após a última viagem tripulada, em 1972, com a missão Apollo.
O presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Moura, está entre os convidados para o lançamento da Artemis I direto do Centro Espacial Kennedy.
Para o coordenador de Satélites e Aplicações da Agência Espacial Brasileira, Rodrigo Leonardi, a Artemis I é ”um marco histórico na retomada dos voos tripulados para a exploração espacial. E a expectativa é que ao se juntar a esse programa, o Brasil também possa abrir novo capítulo em seu programa espacial dedicado”, diz.
Ele informou que o país já vem discutindo com países parceiros assuntos ligados a transporte, habitabilidade, operações, infraestrutura e ciência no âmbito do programa Artemis.
O representante da AEB destacou que a missão liderada pela Nasa foi incluída entre as iniciativas do Programa Nacional de Atividades Espaciais, documento que estabelece projetos e prioridades para a próxima década.
Para a médica brasileira e empresária no ramo espacial, Thaís Russomano, a expectativa para a contagem regressiva de volta à Lua leva também a desdobramentos para as portas que podem se abrir com o novo passo na corrida espacial.
“Depois de 50 anos, começamos o processo da volta à Lua. A missão Artemis reabre o caminho de construção do conhecimento necessário para que, um dia, o ser humano habite o satélite natural da terra, transformando-o no segundo lar cósmico”, diz.
A médica, que vive em Londres, chegou a participar de pesquisas sobre a ação da microgravidade no corpo dos astronautas e até mesmo de duas campanhas de voos parabólicos (quando é possível experimentar a gravidade zero sem viajar ao espaço) da Agência Espacial Europeia em 2000 e 2006.
Outras datas
De acordo com as agências espaciais, caso o lançamento desta segunda-feira (29) seja suspenso, mais duas datas são possíveis: 2 e 5 de setembro.
A contagem regressiva pode ser acompanhada nos canais da Nasa, no Youtube, e também na página da agência na internet.
*Com informações da Reuters, Estadão Conteúdo e Agência Brasil
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