Economia

5 fatos para hoje: crédito para energia solar e Censo 2021

IBGE informou que realização da pesquisa depende do avanço da vacinação contra Covid-19.

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1- IBGE diz que realizar Censo em 2021 depende de avanço da vacinação

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirmou em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a realização do Censo de 2021 depende do avanço da vacinação contra covid-19 e pediu à Corte que analise adiar a pesquisa populacional para o próximo ano.

O plenário virtual do Supremo começou a analisar se confirma uma liminar dada pelo ministro Marco Aurélio Mello no final de abril que determinou ao governo federal que adote providências para a realização do Censo neste ano, após o Ministério da Economia alegar que a pesquisa populacional estava cancelada devido a cortes orçamentários.

Em manifestação ao STF, o IBGE listou uma série de aspectos a serem avaliados para se manter o Censo neste ano, como a revisão do cronograma e a disponibilidade orçamentária. Além disso, deu destaque para a pandemia.

“Além dos aspectos acima registrados, há que ser considerada também a evolução da pandemia, vez que a permanência em níveis altos nos meses de junho e julho impedirá a realização da aplicação das provas dos processos seletivos, como já ocorreu no mês de abril, e também a necessidade de imunização das equipes de campo com pelo menos dois a três meses e meio de antecedência da data de início da coleta, dependendo da vacina”, disse o instituto.

O órgão destacou que “dados os aspectos negativos” apontados para se realizar o Censo neste ano, alternativas para se realizar a pesquisa no próximo ano devem ser consideradas.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a decisão de não alocar recursos para o Censo no Orçamento foi do Congresso e estaria relacionada à pandemia, que dificultaria o trabalho em campo de pesquisadores do IBGE.

Após o Congresso aprovar o Orçamento, no final de março, reduzindo de 2 bilhões de reais para 72 milhões de reais a previsão de despesas com o Censo, a então presidente do IBGE, Susana Guerra, pediu demissão do cargo, citando motivos pessoais.

2- Biden pede que empregadores aumentem salários e ajudem a vacinar pessoas  

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um apelo para que as empresas norte-americanas ajudem seus funcionários a conseguir acesso a vacinas e aumentem o salário deles enquanto promove uma infusão de 350 bilhões de dólares em auxílio federal a governos estaduais e locais, dizendo também que irá ajudar mais pais com acesso a serviços de creches para que eles possam voltar ao trabalho. 

O Departamento do Trabalho reportou na sexta-feira que foram gerados 266 mil empregos em abril, número abaixo da expectativa de um milhão de empregos que muitos previam. Os republicanos culparam o aumento dos benefícios a desempregados pelos números, dizendo que os benefícios desencorajam as pessoas a voltarem a trabalhar. 

“Minha expectativa é que, à medida que nossa economia volte, essas empresas possam oferecer salários justos e ambientes de trabalho seguros”, disse Biden a jornalistas na Casa Branca. Ao fazer isso, afirmou, as empresas irão “encontrar muitos trabalhadores, e vamos todos sair disso juntos e melhores do que antes.”

Segundo Biden, fatores como fechamentos de escolas, restrições em creches e temores de contrair o coronavírus prejudicaram a criação de empregos no mês passado.

3- Barômetros Globais sobem de forma expressiva pelo 3º mês seguido

Os Barômetros Globais da Economia sobem em maio de forma expressiva pelo terceiro mês seguido, sinalizando aceleração do nível de atividade global ao longo do primeiro semestre de 2021. Todas as regiões pesquisadas registram melhora tanto na perspectiva corrente quanto nas expectativas em relação ao futuro. A análise é do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) no documento Barômetro Global Coincidente.

Os barômetros econômicos globais são um sistema de indicadores que permite analisar o desenvolvimento econômico global, uma colaboração do Instituto Econômico Suíço KOF, da ETH Zurique, na Suíça, e da FGV.

O indicador subiu 17,9 pontos em maio, de 117,2 pontos para 135,1 pontos, maior nível da série histórica desde 1991.

“A combinação dos programas de estímulos econômicos e imunização das populações, a despeito ainda de alguma heterogeneidade entre as regiões, já impacta positivamente mesmo setores mais prejudicados pela pandemia, em especial o setor de serviços. A mensagem dos barômetros aponta para uma retomada generalizada do nível de atividade ao longo do segundo semestre do ano”, avaliou, em nota, Paulo Picchetti, pesquisador do Ibre/FGV.

4- Banco do Brasil lança linha de crédito para energia solar

O Banco do Brasil anunciou na segunda-feira uma nova linha de crédito para financiar a aquisição de sistemas de geração de energia solar em residências. De quebra, reforçou seu ‘portfólio verde’ com novos grupos de consórcio que valorizem aspectos ESG (ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês).

As iniciativas, que não tiveram o valor revelado, foram lançadas em maio, mês que o BB elegeu para fomentar a energia renovável no País. “O objetivo é mostrar o quão importante é a energia renovável e o potencial do Brasil”, disse o presidente do BB, Fausto Ribeiro, em vídeo a funcionários, sobre a ação.

No caso do crédito para impulsionar a energia solar, a linha está disponível para pessoas físicas e com contratação digital por meio do aplicativo do banco. É possível financiar até 100% do valor de sistemas fotovoltaicos, incluindo a instalação. O parcelamento é de até 60 meses, com juros a partir de 0,75% ao mês, para valores de R$ 5 mil a R$ 100 mil.

Já em relação aos novos grupos de consórcios, a modalidade liberada no chamado ‘grupo Verde’, é de trator e caminhão. Para impulsionar o produto, o banco aposta em uma taxa de administração promocional, que varia conforme o público contratante, iniciando em 0,09% ao mês, e atualização dos bens de referência pelo IPCA, com reajuste anual.

5- Oposição pede investigação sobre suposto “orçamento paralelo” do governo

O líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou na segunda-feira que vai pedir uma investigação ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) acerca de um suposto esquema de compra de tratores e maquinários com recursos de emendas parlamentares por fora dos controles orçamentários para privilegiar aliados do presidente Jair Bolsonaro no Congresso.

“Diante das gravíssimas denúncias de que o governo Bolsonaro teria criado um orçamento paralelo para montar uma base aliada no Congresso via toma lá da cá, vamos representar ao TCU e MPF para que investiguem o ‘Bolsolão'”, disse o parlamentar, no Twitter.

Segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, o sistema de compra dos tratores seria superfaturado e privilegiaria aliados de Bolsonaro no Congresso.

Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) repudiou as acusações.

“As compras por entes conveniados citadas na reportagem são realizadas com base em normas previstas. É o município quem faz a pesquisa de preços e realiza a licitação do equipamento. Vale ressaltar que todas as transferências estão em fase de prestação de contas em aberto. Qualquer irregularidade porventura detectada será encaminhada para órgãos de defesa do Estado”, afirmou.

(*Com informações de Reuters, Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

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