Economia
5 fatos para hoje: risco institucional no Brasil; 3ª dose da Pfizer
Agência de classificação de risco Moody’s não considera que há deterioração institucional no país.
1- Moody’s ainda não vê deterioração institucional
O diretor-geral da Moody’s no Brasil, Carlos Prates, afirmou que a agência de classificação de risco não considera que há deterioração institucional no país dentro da lógica de atribuição da nota do Brasil ou da capacidade de pagamento do governo. “A gente ainda não está num ponto em que pode dizer que essa deterioração está acontecendo”, disse, durante participação em painel no evento Finanças Mais, organizado pelo Estadão e pela Austin Rating.
Segundo ele, as manifestações do presidente da República, Jair Bolsonaro, geram ruído no momento pré-eleitoral sem mudar a percepção com relação ao risco de crédito do país. Ele afirmou que a percepção é de que as instituições do Brasil – e, em especial, o Poder Judiciário – são fortes.
O executivo afirmou ainda que a agência não considera nenhuma probabilidade de que não haja eleições presidenciais no país em 2022. “Isso é um cenário muito extremo, acho que a gente estaria caminhando para um cenário no qual a nota (de crédito) nem faz mais sentido, seja qual for”, afirmou. “Definitivamente, isso é algo que poderia afetar a nota do Brasil, da América do Sul, dos emergentes de uma maneira geral, mas a gente não trabalha com esse cenário em nenhuma hipótese.”
No mesmo evento, o economista para o Brasil do Barclays, Roberto Secemski, disse ser difícil estimar o impacto da crise hídrica no Produto Interno Bruto (PIB), mas que uma redução entre 0,5% e 1,0% já seria suficiente para um “Pibinho” em 2022, com crescimento na casa de 1%. “Muito em função não só da restrição hídrica, mas da consequência sobre a confiança. O preço de energia afeta todos os setores, principalmente a indústria”, afirmou.
Outro participante , o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, pondera que há uma possibilidade de alta no PIB do próximo ano, associada a uma diminuição dos riscos fiscais internos.
2- Brasil suspende venda de carne bovina para China
O Ministério da Agricultura confirmou neste sábado a ocorrência no Brasil de dois casos atípicos da doença Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como “vaca louca”, o que desencadeou a suspensão temporária de exportações de carne bovina para a China a partir desta data, disse a pasta em comunicado.
Um dos casos foi identificado em um frigorífico de Nova Canaã do Norte (MT) e o outro em Belo Horizonte (MG), informou o ministério.
O governo federal vinha investigando a suspeita da doença desde quarta-feira. Uma fonte da indústria já havia antecipado à Reuters, na condição de anonimato, que em Minas Gerais poderia se tratar de um caso atípico, quando não há contaminação.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou neste sábado que as fiscalizações federais ocorrem frequentemente para garantir o status sanitário do produto brasileiro.
“Eu quero só tranquilizar a população, é um caso atípico, foram casos isolados e agora o ministério vai tomar todas as providências”, disse ela durante lançamento do Movimento Agro Fraterno, para entrega de alimentos, em Mato Grosso do Sul.
3- Mergulhadores tentam localizar vazamento de petróleo após furacão Ida
Uma equipe privada de mergulhadores tenta localizar a fonte de uma suspeita de vazamento de petróleo avistada na área de Bay Marchand, no Golfo do México, neste domingo, após a passagem do furacão Ida provocar estragos e caos na região durante a semana, afirmou a Guarda Costeira norte-americana.
Imagens da agência nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, reportadas primeiramente pela Associated Press na quarta-feira, mostram uma mancha escura se estendendo por quilômetros em águas costeiras a cerca de três quilômetros de distância de Port Fourchon, na Louisiana, um centro de distribuição e produção de petróleo e gás.
As imagens parecem mostrar a mancha se deslocando por 19 quilômetros na direção leste ao longo da costa do golfo, segundo a AP.
O furacão Ida, um dos mais poderosos a atingir a Costa do Golfo dos EUA, chegou à Louisiana há uma semana antes de se dirigir para o nordeste do país e causar intensas inundações que vitimaram dezenas de pessoas em Nova York e outros Estados da região.
4- Presidente da Petrobras vê “excesso de arrecadação” sobre combustíveis
O presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), Joaquim Silva e Luna, afirmou, em artigo no jornal O Estado de São Paulo neste domingo, que há excesso de arrecadação tributária sobre insumos energéticos, em referência ao processo que dá origem aos elevados preços dos combustíveis.
Na última sexta-feira, a estatal iniciou uma campanha para esclarecer os custos dos combustíveis, ressaltando que o valor recebido pela Petrobras do total pago pelo consumidor ao abastecer nos portos chega somente a R$ 2 por litro.
No artigo, Luna reafirmou este valor e detalhou a composição de preços de combustíveis.
“A sucessão de esforços da Petrobras para entregar nas refinarias combustível de qualidade é compensada, no caso da gasolina, com apenas R$ 2, dos cerca de R$ 6 que o consumidor paga ao abastecer”, disse ele na publicação.
Segundo Luna, não há dúvidas sobre a importância da arrecadação para prover recursos para políticas públicas que precisem ser implementadas.
“O problema é o excesso de arrecadação em insumos energéticos vitais para a movimentação da economia”, disse Luna, fazendo coro com o presidente Jair Bolsonaro, que há meses responsabiliza os governadores pelos altos preços dos combustíveis.
5- Doses de reforço da Pfizer estão perto da aprovação nos EUA
O principal especialista em doenças infecciosas dos Estados Unidos, doutor Anthony Fauci, disse neste domingo que as autoridades devem em breve receber aprovação regulatória para administrar as doses de reforço das vacinas contra a covid-19 fabricadas pela Pfizer (PFIZ34), enquanto o imunizante fabricado pela Moderna possa demorar um pouco mais.
Questionado no programa “Face the Nation”, do canal CBS, sobre a meta do presidente norte-americano, Joe Biden, de oferecer doses de reforço a partir do dia 20 de setembro, Fauci disse que “em alguns aspectos” o plano continua sendo esse.
Mas Fauci afirmou também que, embora a Pfizer-BioNTech tenha submetido os dados necessários sobre doses de reforço para a Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês), a Moderna ainda não completou o processo.
Ele ressaltou que espera distribuir ambas as vacinas quando as doses de reforço forem liberadas, mas se a Moderna não completar o processo antes do dia 20 de setembro, seu imunizante será administrado depois.
(*Com informações de Reuters e Agência Brasil)
Veja também
- O que esperar da renda fixa em setembro?
- O que faz do XPLG11 o 4º maior FII em número de cotistas na bolsa?
- Petrobras, Méliuz e outras ações indicadas para setembro
- IPTU: o que é, como se calcula e qual a melhor forma de pagar?
- Como as manifestações de 7 de setembro podem impactar o dólar e a bolsa
- Quem vai comprar a Alliar? O que está em jogo na disputa pela empresa