Economia

BC assegura ter planos para manter sistemas diante de greve dos servidores

Desde a semana passada, Banco Central vem adiando a divulgação de indicadores e estatísticas. Sindicato da categoria alega atraso à movimento dos servidores.

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O Banco Central enfatizou nesta terça-feira (29) que tem planos de contingência para manter o funcionamento dos sistemas críticos para a população, os mercados e as operações das instituições reguladas, depois de servidores terem aprovado o início de uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 1º de abril.

Em nota, o BC citou entre as operações o PIX, o Sistema de Transferência de Reservas (STR) e a Selic.

Os servidores do BC vêm pressionado o governo por reajustes salariais e reestruturação de carreiras e já vinham adotando operação padrão, com paralisações diárias em horários específicos.

De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, a adoção da greve foi apoiada por mais de 90% dos participantes da assembleia realizada na tarde de segunda, que reuniu mais de mil pessoas. Também foi discutida uma entrega coletiva de cargos de chefia.

O BC não havia comentado de imediato a decisão do sindicato, mas nesta terça-feira divulgou nota em que “reconhece o direito dos servidores de promoverem manifestações organizadas”.

O BC esclarece que “tem planos de contingência para manter o funcionamento dos sistemas críticos para a população, os mercados e as operações das instituições reguladas, tais como STR, Pix, Selic, entre outros”, disse.

A autoridade monetária ainda afirmou confiar na “histórica dedicação, qualidade e responsabilidade dos servidores e de seu compromisso com a Instituição e com a sociedade”.

Na semana passada, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, já havia feito declarações similares.

Desde a última semana, o BC vem adiando a divulgação de indicadores e estatísticas, e na segunda foram postergadas as publicações relativas ao mês de fevereiro do setor externo, crédito e resultado fiscal.

A autoridade monetária não informou as razões da mudança, mas o sindicato atribui os entraves ao movimento dos servidores.

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