Economia

Credit Suisse vê IPCA de 8,7% em 2021 com dinâmica inflacionária desfavorável

Para 2022, o credor suíço manteve, por ora, projeção de avanço de 5,2% do IPCA, mas disse que os riscos estão inclinados para taxa mais alta.

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O Credit Suisse ajustou para cima sua projeção para a alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano, a 8,7%, avaliando que o Brasil vive uma dinâmica “muito desfavorável” de inflação.

A estimativa anterior do banco de investimento, de apenas uma semana atrás, era de avanço de 8,5% do IPCA em 2021.

Segundo relatório divulgado nesta sexta-feira (24), assinado por Solange Srour, economista-chefe do banco no Brasil, e Lucas Vilela, economista, o ajuste para cima veio na esteira da divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que subiu 1,14% neste mês.

Essa foi a alta mais acentuada para um mês de setembro desde 1994, início do Plano Real, e o acumulado em 12 meses chegou a 10,05%, alcançando os dois dígitos pela primeira vez desde 2016.

“No geral, os resultados de hoje mostram que uma dinâmica de inflação muito desfavorável está continuando”, escreveram Srour e Vilela. Eles apontaram pressões disseminadas entre os setores, não apenas nos preços de bens, mas também de serviços, com estes apresentando maior demanda e custos mais elevados.

Para 2022, o credor suíço manteve, por ora, projeção de avanço de 5,2% do IPCA, mas disse que os riscos estão inclinados para taxa mais alta.

Em relação à política monetária, o Credit Suisse continua esperando que a taxa Selic encerre 2021 em 8,25% e 2022 em 9,75%, como havia projetado na semana passada. “Desnecessário dizer, mas os riscos estão inclinados para cima”, afirmaram os especialistas da casa.

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