Economia

Em 2 anos, PIX realiza 26 bilhões de transações e movimenta R$ 12,9 trilhões

Levantamento da Febraban mostra que até o mês de outubro, 141,4 milhões de brasileiros já tinham usado o PIX.

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O PIX, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central, completa dois anos nesta quarta-feira (16) e soma 26 bilhões de transações neste período. Criado em 16 de novembro de 2020, o PIX movimentou R$ 12,9 trilhões, segundo a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

Consolidado como meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros, o PIX realiza transferências bancárias gratuitas 24 horas por dia.

Em seu primeiro mês de funcionamento, o PIX ultrapassou as transações feitas com DOC (Documento de Crédito). Em janeiro de 2021, superou as transações com TED (Transferência Eletrônica Disponível). Em março do mesmo ano passou na frente em número de transações feitas com boletos. Já no mês seguinte, em maio do ano passado, o PIX ultrapassou a soma de todos eles.

Em janeiro deste ano, o PIX ultrapassou as operações de cartão de débito, e no mês de fevereiro superou as transações com cartões de crédito, quando se tornou o meio de pagamento mais utilizado no Brasil.

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, ressaltou que é uma ferramenta fundamental para impulsionar a bancarização e a inclusão financeira no país.

“As transações feitas com o PIX continuam em ascensão, revelando a grande aceitação popular do novo meio de pagamento, que trouxe conveniência e facilidades para os clientes em suas transações financeiras do cotidiano. Nos últimos 12 meses, registramos um aumento de 94% das operações com a ferramenta”, afirma Isaac Sidney, em nota.

Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. Crédito: Agência Brasil

Levantamento realizado pela Febraban mostrou que no último mês de setembro, o PIX atingiu R$ 1,02 trilhões, com tíquete médio R$ 444, enquanto a TED, que somou R$ 3,4 trilhões, teve tíquete médio de R$ 40,6 mil.

Desde o lançamento do PIX, já são 523,2 milhões de chaves cadastradas no Banco Central. As chaves aleatórias somam 213,9 milhões, seguida das chaves por CPF (114,2 milhões), celular (108,3 milhões), e-mail (77,5 milhões). Até outubro, 141,4 milhões de brasileiros já tinham usado o PIX em seus pagamentos.

Apesar de não ter um limite do valor transferido, o Banco Central estipulou algumas regras para o uso do PIX no horário noturno, limitando o valor das transferências em R$ 1.000, na tentativa de limitar ações criminosas após um grande número de assaltos e sequestros-relâmpago para efetuar transações.

Perfil usuários

Quase metade dos usuários do PIX estão na região Sudeste do país (43%), seguido do Nordeste (26%), Sul (12%), Norte (10%) e Centro-oeste (95).

Já em relação aos usuários, o PIX é mais popular entre os mais jovens, 64% têm entre 20 e 39 anos.

O que é a chave PIX?

A chave PIX é a identificação de uma conta bancária. Por isso, o usuário deve conferir se os dados estão corretos antes da transferência. Há quatro tipos de chaves que podem ser cadastradas em cada banco ou aplicativo de pagamentos com carteira digital:

  • CPF;
  • Número de telefone;
  • E-mail;
  • Chave aleatória (sequência de números e letras geradas pelo Banco Central, também é conhecida como EVP, Endereço Virtual de Pagamento).

Cada cliente ou usuário pode cadastrar até cinco chaves por conta, e não há limite de chaves por pessoa física. 

Como é o PIX é usado?

  • transferências entre pessoas;
  • pagamento em estabelecimentos comerciais, incluindo lojas físicas e comércio eletrônico;
  • pagamento de prestadores de serviços;
  • pagamento entre empresas, como pagamentos de fornecedores, por exemplo;
  • recolhimento de receitas de órgãos públicos federais como taxas (custas judiciais, emissão de passaporte etc.), aluguéis de imóveis públicos, serviços administrativos e educacionais, multas, entre outros;
  • pagamento de cobranças; 
  • pagamento de faturas de serviços públicos, como energia elétrica, telecomunicações (telefone celular, internet, TV a cabo, telefone fixo) e abastecimento de água;
  • recolhimento de contribuições do FGTS e da Contribuição Social (a partir de 2021).

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