Economia
FMI alerta para riscos ‘estagflacionários’ na Ásia
Embora as exposições comerciais e financeiras da Ásia à Rússia e à Ucrânia sejam limitadas, as economias da região serão afetadas pela crise devido aos preços mais altos das commodities e ao crescimento mais lento de seus parceiros comerciais europeus.
A região asiática enfrenta uma perspectiva “estagflacionária”, alertou uma autoridade do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira (26), dizendo que a guerra na Ucrânia, o aumento nos custos das commodities e uma desaceleração na China criam incerteza significativa.
Embora as exposições comerciais e financeiras da Ásia à Rússia e à Ucrânia sejam limitadas, as economias da região serão afetadas pela crise devido aos preços mais altos das commodities e ao crescimento mais lento de seus parceiros comerciais europeus, disse Anne-Marie Gulde-Wolf, diretora interina do Departamento de Ásia e Pacífico do FMI.
Além disso, ela observou que a inflação na Ásia também está começando a acelerar num momento em que a desaceleração econômica da China está aumentando a pressão sobre o crescimento regional.
“Portanto, a região enfrenta uma perspectiva estagflacionária, com crescimento menor do que o esperado anteriormente e inflação mais alta”, disse ela em entrevista coletiva online em Washington.
Em sua última previsão, divulgada neste mês, o FMI disse que espera que a economia da Ásia cresça 4,9% em 2022, queda de 0,5 ponto percentual em relação à projeção anterior, de janeiro.
A inflação na Ásia agora deve atingir 3,4% em 2022, 1 ponto percentual acima do previsto em janeiro, disse o órgão.
“Há uma incerteza significativa em torno de nossas previsões de base, com riscos inclinados para o lado negativo”, disse Gulde-Wolf.
Veja também
- A queda das ações da Netflix e a lição de seu grande ex-investidor
- Câmbio, carros voadores, falta de suprimentos e guerra: os desafios da Embraer
- BBB 22: patrocinadores contam como o reality elevou vendas e expandiu marcas
- Twitter deve deixar a bolsa: o que acontece agora?
- Venda do Twitter: os memes e especulações sobre futuro da rede social