Economia
Goldman Sachs reduz perspectiva de recessão nos Estados Unidos
Para o banco, recentes indicadores reforçam a confiança de que a economia americana vai conseguir baixar a inflação.
O Goldman Sachs reduziu de 25% para 20% sua projeção de chances de que os Estados Unidos entrem em recessão nos próximos 12 meses.
O economista-chefe do banco, Jan Hatzius, destacou em relatório que recentes indicadores do país reforçam a confiança de que a economia americana vai conseguir baixar a inflação sem precisar passar por uma recessão.
Motivos
Hatzius aponta que a atividade econômica dos Estados Unidos continua resiliente, com destaques para:
- Crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre;
- Sentimento do consumidor se recuperando acentuadamente de níveis deprimidos;
- Desemprego caindo em junho;
- Pedidos de seguro-desemprego revertendo receios.
“A flexibilização das condições financeiras, a recuperação do mercado imobiliário e o boom contínuo na construção sugerem que a economia dos Estados Unidos continuará a crescer, embora a um ritmo abaixo da tendência”, cita o economista-chefe do Goldman Sachs.
Outros fatores de destaque, segundo Hatzius, são as quedas das médias do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE). Além disso, ele diz acreditar que existem fortes razões fundamentais para esperar uma desinflação contínua.
“Preços de carros usados estão caindo devido ao aumento da produção e dos estoques de automóveis. A inflação dos aluguéis ainda tem um longo caminho a percorrer, e o mercado de trabalho continuou a se reequilibrar, com uma tendência de queda contínua nas vagas de emprego, saídas, escassez de mão-de-obra e crescimento salarial nominal”, pontua.
Perspectivas para taxa de juros
O Goldman Sachs estima mais uma alta da taxa de juros pelo Federal Reserve, de 25 pontos-base, para a faixa de 5,25% a 5,5%.
Hatzius diz projetar que o Fed corte menos os juros do que o mercado precifica. O cenário-base do Goldman Sachs é de juros básicos de 4,5% a 4,75% nos Estados Unidos ao fim de 2024.
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