Economia
IPCA sobe 1,01% em fevereiro, maior variação para o mês desde 2015
No acumulado de 12 meses até fevereiro, o IPCA teve alta de 10,54%, contra alta 10,38% do mês anterior.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,01% em fevereiro, maior alta para o mês desde 2015, após alta de 0,54% no mês anterior. No ano, o indicador acumula alta de 1,56%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (11).
No acumulado de 12 meses até fevereiro, o IPCA teve alta de 10,54%, contra alta 10,38% do mês anterior.
Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,95% em fevereiro, acumulando em 12 meses alta de 10,50%.
No último mês, alta foi influenciada pelos setores de Educação (5,61%) e da Alimentação e Bebidas (1,28%). Juntos, os dois representam 57% do IPCA de fevereiro.
Na educação, os maiores preços vieram dos cursos regulares, destacando-se o ensino fundamental (8,06%), a pré-escola (7,67%) e o ensino médio (7,53%). Os preços dos cursos de ensino superior e de pós-graduação subiram 5,82% e 2,79%, respectivamente.
Alimentos e bebidas têm registrado alta desde janeiro de 2020 (com exceção ao mês de novembro de 2021).
“Em fevereiro, o grupo de Alimentação sofreu impactos dos excessos de chuvas e também de estiagens que prejudicaram a produção em diversas regiões de cultivo no Brasil.”, assinala Kislanov, gerente da pesquisa.
Nos últimos 12 meses, o fator que mais pressionou a inflação foram os combustíveis, que acumulam avanço de 33,33%. Em fevereiro, esse item do grupo Transportes (0,46%), teve queda de 0,92%.
“O preço da gasolina recuou 0,47%, contribuindo com -0,03 ponto percentual no IPCA de fevereiro. Por outro lado, foram verificadas altas nos preços do óleo diesel (1,65%). Em 12 meses, a gasolina acumula avanço de 32,62% e o diesel, de 40,54%. No mês, o etanol teve a queda mais acentuada, com -5,04% de variação e -0,05 ponto percentual de impacto. Já o gás veicular subiu 2,77%”, pontua Kislanov.
*Com informações da Reuters
Veja também
- Investimento em tempos de guerra
- Inflação inercial: o efeito ‘bola de neve’ que afeta o bolso e os investimentos
- Via Varejo chega a cair 7% após balanço, e Magalu também recua; entenda
- Preço da gasolina para o consumidor deve subir 11% após reajuste da Petrobras