Economia
Mercado passa a ver Selic mais alta em 2023 com maior pressão inflacionária, mostra Focus
Para o ano que vem, a estimativa para a taxa básica de juros subiu a 10,75%, de 10,50%.
O mercado passou a estimar uma alta de juros maior em 2023 em meio a projeções mais elevadas para a inflação geral e para os preços administrados, mostrou a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira (18).
Selic
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou manutenção da perspectiva de que a taxa básica de juros encerrará este ano a 13,75%, mas para 2023 a estimativa para a Selic subiu a 10,75%, de 10,50%.
Isso ocorre em meio a uma visão de maior pressão dos preços em 2023. O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no ano que vem passou a ser de 5,20%, de 5,09%, acima do teto da meta.
O ajuste veio acompanhado de alta na estimativa para o avanço dos preços administrados em 2023, passando de 6,15% para 6,50%.
IPCA
A estimativa para a alta do IPCA em 2022 caiu a 7,54%, de 7,67%, enquanto para os preços administrados a projeção de avanço foi a 1,74%, de 2,20%.
Esses movimentos têm como pano de fundo medidas do governo para aliviar a inflação elevada neste ano, como a aprovação da lei que estabelece um teto para as alíquotas de ICMS sobre os setores de combustíveis, gás, energia, comunicações e transporte coletivo. No entanto, ela não tem efeitos duradouros e analistas alertam que esses preços voltarão a pressionar a inflação geral no ano que vem.
O centro da meta oficial para a inflação em 2022 é de 3,5% e para 2023 é de 3,25%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
PIB
Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento em 2022 melhorou em 0,16 ponto percentual, passando a 1,75%, enquanto, para 2023, permaneceu em 0,50%.
Câmbio
A estimativa para o câmbio este ano continuou em R$ 5,13, ante R$ 5,06 um mês antes. Para 2023, se manteve em R$ 5,10, mesma cotação esperada há quatro semanas.
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