Economia
Redes sociais falham em manter usuários LGBT seguros, diz estudo
Cinco principais plataformas tiveram pontuação abaixo de 50 sobre 100 em segurança para usuários da comunidade.
Uma das principais organizações de defesa de grupos LGBT criou uma pontuação de segurança para usuários vulneráveis nas redes sociais como TikTok e Twitter (TWTR34). Todas foram reprovadas.
As cinco principais redes sociais tiveram pontuação abaixo de 50 sobre 100 em segurança para usuários LGBT, segundo o índice desenvolvido pela GLAAD, uma organização que combate o ódio contra gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros. O relatório, divulgado nesta quarta-feira (13), classifica o Instagram como o menos pior, considerado 48% seguro, seguido pelo Facebook (FBOK34), Twitter, YouTube e TikTok.
“Basicamente, todo o setor está falhando”, disse Jenni Olson, diretora sênior do programa de segurança de mídia social da GLAAD.
As pontuações são baseadas em fatores que vão desde se a plataforma inclui pronomes de gênero em perfis, até moderação de conteúdo e diversidade de suas forças de trabalho. No ano passado, as empresas fizeram algumas melhorias e a GLAAD espera que seu relatório seja um catalisador para mais mudanças, disse Olson.
Em fevereiro, o TikTok atualizou suas diretrizes para proibir explicitamente ofensas contra grupos LGBT e misoginia, após solicitação da GLAAD e da UltraViolet, uma organização de empoderamento feminino. As práticas incluem o chamado deadnaming, que consiste em se referir a uma pessoa trans pelo nome que recebeu no nascimento. A GLAAD chama isso de “uma invasão de privacidade que mina a identidade da pessoa trans e pode colocá-la em risco de discriminação e até violência”.
No Twitter, na terça-feira passada, o deadnaming do ator Elliot Page estava em alta por 45 minutos antes de a plataforma removê-lo, de acordo com o Buzzfeed, embora o deadnaming seja explicitamente proibido na política de conduta do Twitter.
O Twitter disse que a empresa já recebe feedback da GLAAD e “interage com a GLAAD para entender melhor suas recomendações e está comprometido com um diálogo aberto para informar melhor nosso trabalho para apoiar a segurança LGBT”.
A Alphabet, que controla o Google (GOGL34) e o YouTube, disse que a empresa fez “progressos significativos em nossa capacidade de remover rapidamente conteúdo odioso e de assédio e exibir conteúdo de forma proeminente nos resultados de pesquisa e recomendações de fontes autorizadas”.
A Meta, dona do Facebook e do Instagram, disse que a empresa proíbe conteúdo violento ou desumanizante direcionado a pessoas LGBT e remove alegações sobre a identidade de gênero de alguém mediante solicitação.
Veja também