Finanças

Após Copom e Fed, renda fixa americana é vantajosa para investidor brasileiro?

Entenda neste Cafeína como o dólar pode pesar na decisão de diversificação entre renda fixa Brasil e EUA.

Publicado

em

Tempo médio de leitura: 3 min

O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, aumentou a taxa de juros norte-americana em 0,25 ponto percentual. A decisão veio em linha com o esperado pelo mercado.. Já em terras brasileiras, o Copom optou pela manutenção da taxa básica de juros, a Selic, nos atuais 13,75% ao ano.

Com este cenário, como o investidor brasileiro deve avaliar risco e retorno ao investir em renda fixa, especialmente, nos títulos do governo americano e brasileiro?

A questão é que internacionalmente, a renda fixa também está oferecendo oportunidades rentáveis que não são vistas há mais de uma década em economias desenvolvidas, caso dos Estados Unidos e da Europa. O velho continente passou pelo primeiro ciclo de alta de juros para frear a inflação que atingiu os dez por cento ao ano em novembro do ano passado. Já os Estados Unidos vêm aumentando os juros pra frear a maior inflação já vista nos últimos 40 anos. A pandemia seguida da guerra entre Rússia e Ucrânia foram catalisadores do efeito na alta dos preços globalmente. E segundo o recado do presidente do Fed, Jerome Powell, a alta nos juros para conter a inflação americana não vai parar tão cedo. Pelo menos até atingir a meta de 2% ao ano. Atualmente, os Estados Unidos acumulam uma inflação de 6% no acumulado de 12 meses encerrados em fevereiro.

Mas para o investidor, a alta nos juros americanos gera oportunidade de ganhos com exposição ao dólar atrelado ao fato de se investir no ativo mais seguro do mundo: as Treasuries, ou, títulos públicos do governo, uma espécie de Tesouro Direto à brasileira.

Segundo Marília Fontes, analista de renda fixa da Nord Research, vale a pena ter exposição nos dois produtos: os títulos do Tesouro americano e brasileiro. No entanto, os papeis pós-fixados de curto prazo são a melhor opção. Mas estes não estão disponíveis na B3 através dos BDRs de ETFs (Fundos de Índice americanos). Neste caso, estão disponíveis ao investidor comum brasileiro os títulos prefixados. Mas estes têm maior risco de marcação a marcado caso o investidor precise se desfazer antes do vencimento, assim como há risco de perder dinheiro dado a sinalização de maior aumento nas taxas de juros nos Estados Unidos. Neste caso, os títulos antigos passam a valer menos que os novos que terão uma maior remuneração, segundo Fontes.

Neste Cafeína, Samy Dana e Dony De Nuccio mostram como o investidor de varejo pode ter exposição aos títulos pós-fixados, seja através de contas globais, corretoras americanas e até via fundo de investimento de gestora brasileira com o mix de treasuries – com diferentes prazos – e bonds (títulos de dívida) de empresas americanas.

Entenda também neste programa como o dólar pode pesar na decisão de diversificação entre renda fixa Brasil e EUA.

Mais Vistos