Finanças

As melhores ações e BDRs do 3º trimestre

Levantamento da Economatica Brasil aponta os 10 papeis de companhias nacionais e internacionais que tiveram o melhor desempenho no período.

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No 3º trimestre de 2021, os ativos brasileiros tiveram o pior desempenho quando comparado aos principais mercados globais: os índices de Small Caps e Ibovespa fecharam o trimestre em queda de -22,2% e -19,7%, respectivamente, em dólares. Em moeda local, os dois índices registraram perdas de -15,2% e -12,5%.  

E não diferente, os BDRS (recibos de ações) tiveram o melhor desempenho quando comparado as ações nacionais. Ao menos três farmacêuticas aparecem no ranking levantado pela Economatica com os 10 BDRs com a maior alta entre 30 de julho a 30 de setembro: Moderna (M1RN34), Biontech (B1NT34) e Horizon Therapeutics (H1ZN34). A primeira delas foi quem teve a maior alta do período: 80,4%. A Biontech ( ocupa a quarta posição (34,6%), e a Horizon a sétima (27,6%). Essa última companhia, diferente das demais, é uma biofarmacêutica focada na pesquisa e desenvolvimento de medicamentos contra doenças raras e reumáticas. Suas ações nos Estados Unidos acumulam uma alta superior a 50% no ano.

Já no campo das ações brasileiras, os principais frigoríficos brasileiros, como, BRF, JBS, Marfrig e Minerva registraram as maiores altas no final do trimestre. E analistas continuam a enxergar mais oportunidades no setor, principalmente quando se fala em JBS e Minerva. Vale lembrar que o começo do mês foi de notícia negativa para o ramo, com a suspensão dos embarques de carne bovina à China após dois casos atípicos do “mal da vaca louca” no Brasil.

Os papeis das exportadoras acabam sendo beneficiados pela alta do dólar, haja visto grande parte de suas receitas serem dolarizadas. A JBS (JBSS3), por exemplo, que é a segunda empresa com a maior valorização no trimestre, foi beneficiada pela crescente demanda do mercado externo, especialmente por países como Austrália e Estados Unidos. E apesar de o Ministério da Agricultura ter suspendido a exportação para a China, as empresas brasileiras do setor que possuem rebanho em outros países conseguem manter as vendas para o país asiático, que é o principal comprador.

Também vemos entre os destaques os papeis da Embraer (EMBR3), que viu suas ações deslancharem após o anúncio de compra dos eV-Tols, que são os carros voadores. Essas aeronaves elétricas, de decolagem e pouso vertical, vêm recebendo investimentos bilionários nos últimos anos. Segundo o banco Morgan Stanley, este mercado pode chegar a 1,5 trilhão de dólares.

A Embraer anunciou a compra de pelos menos 100 eVTOLs com entrega prevista para 2026. Além das aeronaves elétricas, há também um acordo com a subsidiária Eve para o desenvolvimento de uma operação de veículo aéreo no Brasil e na America Latina.

De olho nas petroleiras, os papeis da Petro Rio (PRIO3) se destacaram. Com foco em adquirir poços maduros para a produção, a empresa aumentou seu lucro líquido de 73 milhões de reais para quase 1 bilhão de reais no acumulado de 12 meses. Nos últimos três anos, as ações subiram mais de 800%.

Já no campo do aumento da energia elétrica, foram os papeis da concessionária Cemig (CMIG4) que tiveram o melhor desempenho no trimestre. Já as ações da fabricante de equipamentos elétricos WEG (WEGE3) parecem estar voltando ao radar dos investidores com potencial de crescimento na casa dos dois dígitos. Pelo menos é o que aponta o Credit Suisse. A Weg tem mais da metade da sua receita proveniente de fora do Brasil.

No ano passado, os papeis da companhia mais que dobraram de preço, o que fez com que o mercado enxergasse os papeis como caros. Agora, com os papeis mais descontados, investidores estão de olho na companhia, somado a empresa ser exposta a ativos de energias renováveis, o que pode ser uma proteção para a empresa em períodos de racionamento de energia no Brasil.

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