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Bitcoin desabou, mas a disputa pela mineração bateu recorde

Queda de curto prazo é oportunidade: dificuldade para minerar bitcoin a todo vapor com o próximo halving se aproximando.

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ARTIGO*

Os fundamentos da rede bitcoin (BTC) parecem não se importar com a fraqueza do seu preço. Mesmo somando queda de 60% só entre janeiro e setembro de 2022, a dificuldade de mineração (hash) de BTC alcançou novos patamares históricos.

Segundo dados do recurso de monitoramento on-chain BTC.com, que rastreia a dificuldade de mineração de rede, a disputa entre os mineradores conta com aumentos consecutivos, tendo subido 0,59% no último ajuste de setembro.

Descrição: a dificuldade para minerar bitcoin ao longo dos anos só cresce. (Imagem: Reprodução / rastreador de dados BTC.com)

O aumento dessa métrica é um momento desafiador para os mineradores, que estão sendo colocados à prova para verificar se conseguem manter suas lucratividades de curto prazo. Porém, a situação não é igualmente desafiadora para todos, pois aqueles que estão bem posicionados e capitalizados conseguem até se beneficiar da situação.

Para encurtar a história, o mercado de baixa está realmente derrubando aqueles com “rigs” de mineração ineficientes. Enquanto isso, a rede bitcoin, com 13 anos de histórico ininterrupto de funcionamento, fica ainda mais segura

Por que o aumento do hash importa?

Mineração de bitcoin é um mecanismo feito pelos mineradores (validadores) de rede. Através dele, além de validação e registro de transações, novas moedas são emitidas.

A dificuldade de minerar bitcoin é chamada “hash”. Na mineração, os validadores tentam encontrar um hash abaixo de um nível definido. Assim, quando eles descobrem esse hash, ganham a recompensa em BTC.

Por outro lado, à medida que mais mineradores se conectam à rede, a dificuldade para minerar aumenta. Assim, quanto maior for a dificuldade de mineração, menor serão os lucros dos mineradores, pois é menos provável que eles consigam minerar um bloco com sucesso, e ganhem recompensas. 

OK. Mas se recebem menos, por que os mineradores estão em uma briga ferrenha? A resposta é simples: após os halving do Bitcoin, a moeda se torna mais escassa e, devido à lei da oferta e demanda, sofre valorização exponencial.

Descrição: ciclos de halving do BTC no modelo stock-to-flow e valorizações da moeda subsequentes ao evento. (Imagem: Reprodução / TradingView)

O próximo halving se aproxima

Com o aumento do hash, a data do próximo halving do bitcoin, que normalmente acontece a cada 4 anos, foi antecipada.

O halving do bitcoin, que era esperado para maio de 2024, está previsto para o último trimestre de 2023. Ou seja, o próximo ciclo da moeda está se aproximando, e a janela de oportunidade para comprá-lo barato, terminando.

Para se ter uma ideia, após o primeiro halving, vimos um aumento de 37 vezes no preço do “ouro digital”, saindo de US$ 31,50 para US$ 1.178. E, do 2ª para a 3ª, crescimento de 16 vezes, alcançando os US$ 19.800.

Além disso, a taxa de hash batendo recorde indica que mais pessoas estão usando BTC, “tirando” a moeda do mercado. Portanto, é importante manter a calma e aproveitar a oportunidade.

Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

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