Finanças
Ibovespa fecha em alta com salto de Petrobras; dólar cai
Dia foi mercado pela disparada do petróleo devido ao aumento da tensão no Oriente Médio.
O Ibovespa fechou em alta pelo segundo pregão consecutivo nesta segunda-feira (9), em movimento puxado pelo salto das ações de petrolíferas, com Petrobras avançando cerca de 4%, diante da disparada do petróleo devido ao aumento da tensão no Oriente Médio. O dólar, por sua vez, fechou em queda.
No dia o Ibovespa avançou 0,86%, aos 115.156 pontos. O dólar caiu 0,61%, negociado a R$ 5,1300.
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Cenário externo
As tropas israelenses lutavam nesta segunda-feira para remover homens armados do Hamas, mais de dois dias depois que eles atravessaram a cerca de Gaza, e o Exército disse que em breve iria partir para ofensiva após a maior mobilização da história de Israel.
O país atacou o enclave palestino de Gaza no domingo, matando centenas de pessoas em retaliação a um dos maiores ataques já vistos por Israel, quando o Hamas matou 700 israelenses e sequestrou muitos outros.
“Olhando para o mercado, já vemos algumas consequências imediatas do ataque, como o aumento do preço do petróleo e maior aversão ao risco dos investidores”
Guide Investimentos em relatório a clientes.
“O maior risco para os ativos dos eventos que se desenrolaram no final de semana envolve o impacto inflacionário que ele pode causar, dado o aumento do preço de energia. No entanto, ainda está muito cedo para dizer que o ataque terá algum impacto prolongado no preço das commodities. De toda forma, cabe acompanhar a evolução do conflito, principalmente nesses primeiros dias, quando a incerteza ainda reina”, afirma relatório da Guide Investimentos.
Como o dólar é considerado uma aposta segura em tempos de turbulência geopolítica ou econômica, o índice da divisa norte-americana frente a uma cesta de pares importantes avançava 0,2% nesta manhã, contaminando os movimentos cambiais ao redor do mundo.
Por outro lado, dando algum suporte para o real, o patamar elevado do dólar atraiu vendas de exportadores que aproveitam a alta da moeda para realizar lucros, disse Jefferson Rugik, presidente-executivo da Correparti Corretora.
O dólar tem rondado os maiores patamares desde março contra o real nos últimos pregões, acompanhando um avanço internacional da moeda diante da disparada dos rendimentos dos títulos norte-americanos, em meio a temores de que o Federal Reserve mantenha os juros mais altos por mais tempo.
Nesse contexto, as atenções dos investidores também estarão voltadas esta semana para os dados de preços ao consumidor nos EUA que serão divulgados na quinta-feira, que seguirão um relatório de empregos do governo surpreendentemente forte da semana passada.
Wall Street
Os principais índices de Wall Street fecharam em alta nesta segunda-feira, com as ações do setor de energia entre os principais ganhos, à medida que investidores digeriam as mais recentes notícias sobre o conflito entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas.
O Dow Jones subiu 0,59%, para 33.604,65 pontos. O S&P 500 ganhou 0,63%, para 4.335,66 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,39%, para 13.484,24 pontos.
Europa
As ações europeias ficaram sob pressão nesta segunda-feira, uma vez que os confrontos militares no Oriente Médio provocaram uma corrida para ativos seguros, como títulos e ouro, além de aumentar os preços do petróleo em cerca de 3%.
- Em LONDRES, o índice Financial Times teve variação negativa de 0,03%, a 7.492,21 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,67%, a 15.128,11 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,55%, a 7.021,40 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,46%, a 27.682,06 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,91%, a 9.151,30 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,93%, a 5.943,32 pontos.
Ásia e Oceania
As ações da China fecharam em ligeira baixa nesta segunda-feira, com a retomada das negociações após um longo feriado e com os dados mistos sobre o turismo no período sem conseguir convencer os investidores de uma forte recuperação econômica, enquanto as incertezas no exterior também afetaram o sentimento.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei permaneceu fechado.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,18%, a 17.517 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,44%, a 3.096 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,13%, a 3.684 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI não teve operações.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX não abriu.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,25%, a 3.166 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,23%, a 6.970 pontos.
(* com informações da Reuters)
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