Finanças
Ibovespa fecha em queda, com EUA e tensão geopolítica; dólar recua
Cenário de juros elevados por mais tempo nos EUA e conflito entre Israel e Hamas seguiram no radar de investidores.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores brasileira, fechou em queda nesta terça-feira (17) conforme dados econômicos norte-americanos corroboraram o cenário de juros elevados por mais tempo nos Estados Unidos e o conflito entre Israel e Hamas continuou freando o apetite a risco global. O dólar, por sua vez, avançou.
No dia, o Ibovespa recuou 0,54%, aos 115.908 pontos. Já o dólar caiu 0,03%, negociado a R$ 5,0353.
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Cenário externo
Dados divulgados mais cedo mostraram que as vendas no varejo dos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em setembro, à medida que as famílias aceleraram as compras de veículos e gastaram mais em restaurantes e bares, sugerindo que a economia encerrou o terceiro trimestre com força.
Num geral, leituras que mostram resiliência da atividade costumam impulsionar apostas em juros mais altos por mais tempo, uma vez que é preciso restringir a economia para controlar a inflação. Custos de empréstimo elevados nos EUA, por sua vez, costumam redirecionar investimentos de mercados emergentes para o seguro mercado de renda fixa norte-americano.
Nesse contexto, o mercado aguarda discurso do chair do Fed, Jerome Powell, agendado para quinta-feira, que pode oferecer mais pistas sobre a trajetória de política monetária.
Além disso, “ainda há a pauta do conflito no Oriente Médio permeando os negócios, mas de forma marginal”, acrescentou Bergallo.
Enquanto Israel planeja uma invasão terrestre de Gaza para erradicar o Hamas, os combates nas fronteiras também se intensificaram em uma segunda frente na fronteira norte de Israel com o Líbano.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fará uma visita a Israel na quarta-feira para demonstrar apoio na guerra contra o Hamas. Washington também está tentando reunir os Estados árabes para ajudar a evitar uma guerra regional mais ampla.
“Sabemos que, por pior que seja a situação no Oriente Médio, a forma e a intensidade com que o mercado vê as notícias irão diminuir gradualmente” afirmou a analista sênior do Swissquote Bank, Ipek Ozkardeskaya, em nota a clientes.
“Mas, neste momento, ainda é muito cedo para baixar a guarda” ponderou. “O risco de uma ofensiva israelita continua elevado e existe uma forte chance de um declínio acentuado no apetite (a risco) se os esforços diplomáticos falharem.”
Bolsas mundiais
Wall Street
Os principais índices de Wall Street caíam nesta terça-feira, com os rendimentos dos Treasuries em alta e dados econômicos mais fortes do que o esperado, enquanto ações de fabricantes de chips recuavam depois que o governo do presidente Joe Biden disse que interromperia os embarques de chips de inteligência artificial para a China.
Às 11:51 (de Brasília), o índice S&P 500 perdia 0,25%, a 4.362,88 pontos, enquanto o Dow Jones caía 0,20%, a 33.915,03 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite recuava 0,44%, a 13.508,81 pontos.
Ásia e Oceania
As ações na Ásia e Oceania subiram nesta terça-feira, depois que dezenas de empresas chinesas anunciaram planos de recompra de ações para aumentar a confiança dos investidores, enquanto a recuperação dos mercados globais ajudou o sentimento.
- . Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 1,20%, a 32.040,29 pontos.
- . Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,75%, a 17.773 pontos.
- . Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,32%, a 3.083 pontos.
- . O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,35%, a 3.639 pontos.
- . Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,98%, a 2.460 pontos.
- . Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,06%, a 16.642 pontos.
- . Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,25%, a 3.171 pontos.
- . Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,42%, a 7.056 pontos.
(*Com informações da Reuters.)
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