Finanças

Dividendos dos FIIs de papel devem cair se inflação baixar?

Inflação mais baixa assim como juros menores impactam diretamente os fundos imobiliários (FIIs) de recebíveis (CRIs), já que estes começam a perder renda. Entenda, no Cafeína.

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Com uma inflação que ultrapassa os 12% no acumulado do ano, era esperado mais um aumento na taxa básica de juros para abrandar o aumento nos preços. Apesar do efeito não ser imediato, é aguardado que o índice que mede a inflação comece a dar sinais de recuo após o “antídoto” dado pelo Copom e Banco Central.

Com isso, os fundos imobiliários de papel, que investem em sua maioria nos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), podem ter seus rendimentos impactados caso a inflação venha arrefecer. Inflação mais baixa assim como juros menores impactam diretamente os FIIs de recebíveis, já que estes começam a perder renda. Como os CRIs são títulos que geram direito de crédito ao investidor que empresta seus recursos para financiamento de dívida imobiliária, estes são impactados – para cima ou para baixo – pelos juros.

No entanto, um longo período de inflação e juros elevados aumentam o risco de inadimplência nos FIIs de CRIs (ou de papel), já que encarece o crédito para o comprador de imóveis. O atual cenário é de uma demanda reduzida, com menor volume de lançamentos e margens mais pressionadas para o setor imobiliário e de construção. O que leva a uma maior busca por crédito para seguir com as obras estagnadas. Dessa forma, o investidor precisa ter cuidado redobrado ao escolher um fundo imobiliário cuja carteira de recebíveis seja saudável.

Neste Cafeína, Samy Dana e Dony De Nuccio mostram o que deve ser levado em consideração ao investir em fundos imobiliários de papel, como os rendimentos podem ser impactados além de mostrarem 4 fundos de recebíveis indicados na carteira do NuInvest.

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