Finanças
Dividendos: Vale é a ação mais recomendada entre 12 casas; veja outras
InvestNews analisou carteiras de ações recomendadas; bancos também se destacam.
A Vale (VALE3) foi eleita a melhor pagadora de proventos aos acionistas para agosto. É o que aponta levantamento feito pelo InvestNews, a partir das carteiras recomendadas de dividendos de 12 casas de análise para este mês. A ação da mineradora é a mais citada, com um total de oito indicações.
Na vice-liderança, aparecem dois grandes bancos, sendo um privado, o Itaú Unibanco (ITUB4), e o outro público, o Banco do Brasil (BBAS3). Cada um recebeu apenas uma indicação a menos que a Vale, totalizando sete.
Já em terceiro lugar há um empate técnico entre nada menos que quatro empresas, sendo cada uma com seis recomendações. São elas: Engie (EGIE3), Gerdau PN (GGBR4), Petrobras PN (PETR4) e Telefônica Brasil (VIVT3).
Entre as demais empresas citadas, vale mencionar Auren (AURE3), CPFL Energia (CPFE3), Copel PNB (CPLE6) e Porto Seguro (PSSA3), com três indicações cada. Outras empresas aparecem duas ou apenas uma vez, de um total de 99 recomendações.
O levantamento foi feito considerando os relatórios mensais das seguintes instituições financeiras: Ágora Investimentos; Ativa Investimentos; BB Investimentos; BTG Pactual; Empiricus Research; Guide Investimentos; MyCap Investimentos; Órama Investimentos; PagBank; Santander; Warren Investimentos e XP Investimentos.
Confira as ações mais recomendadas para carteira de dividendos em agosto
Por que a Vale?
Afinal, por que a Vale foi eleita a preferida para remuneração dos acionistas, superando os grandes bancos?
Para o BTG Pactual, a explicação vem de fora. Segundo a equipe de equity research do banco, a mineradora continua sendo o nome preferido para a exposição à reabertura da economia chinesa, que deve se recuperar gradualmente. Além disso, o banco avalia que a mineradora apresentou resultados melhores no segundo trimestre deste ano após um primeiro trimestre decepcionante.
Já o analista da Guide Investimentos Fernando Siqueira observa que a Vale opera um sistema de logística integrado, o que permite entregar seus produtos em diversos países, diversificando suas operações para outros metais, como níquel, pelotas e cobre.
Aliás, a Órama Investimentos prevê que o preço do minério de ferro deve se manter no patamar atual e acima da média histórica, de US$ 75 a tonelada. Isso assegura um valor ainda bom para a Vale, ampla geração de caixa e capacidade de pagamento de proventos.
“Seu robusto pagamento de dividendos semestrais é um grande atrativo e uma forma de balancear a carteira de investimentos com uma empresa bastante sólida”, afirma Igor Glioche, analista da Órama.
Retorno não é garantia
Ainda assim, o Santander observa que os riscos à recomendação da Vale como boa pagadora de dividendos estão associados à redução significativa na produção de aço chinesa, levando a uma queda da demanda por minério de ferro. O banco chama a atenção também para uma rápida valorização do real e queda nos preços do níquel e cobre.
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