Finanças
Dólar recua e Ibovespa fecha em alta, acompanhando exterior
Mercado reage a novos estímulos na China, enquanto aguarda dados de inflação nos EUA.
O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (11), acompanhando o desempenho da moeda no exterior, com o mercado se mostrando mais otimista antes da divulgação de dados da inflação norte-americana desta semana e após a adoção de novos estímulos na China. O Ibovespa subiu, endossado pelo viés positivo em praças acionárias no exterior e pelo forte avanço dos futuros do minério de ferro na China.
O dólar caiu 1,02%, a R$ 4,9312, e o Ibovespa subiu 1,36%, aos 116.883 pontos.
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Juros nos EUA
O dólar também mostrava fraqueza no exterior, com os investidores atentos para saber se a economia dos Estados Unidos está realmente a caminho de um “pouso suave” e se o Federal Reserve (Fed) tem mais a avançar no aumento dos juros.
“CPI (índice de preços ao consumidor dos EUA) e varejo ditam o apetite ao risco do mercado antes da decisão do Fomc”, disse o BTG Pactual em relatório a clientes, referindo-se à reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed, que se encerrará na quarta-feira da semana que vem e deve deixar os juros inalterados.
O banco disse esperar leve aceleração do avanço do índice geral ao consumidor e manutenção do ritmo de alta do núcleo da inflação nos Estados Unidos. “O resultado, se confirmado, ainda é benigno para a decisão do Fomc na próxima semana”, disse o BTG.
Juros mais elevados nos EUA tendem a impulsionar os rendimentos dos Treasuries e, consequentemente, manter o dólar em patamares fortes a nível global, conforme investidores migram seus investimentos em renda fixa para o mercado norte-americano.
Da mesma forma, indícios de que o banco central norte-americano abrandará sua postura no combate à inflação costumam impulsionar moedas emergentes de maior rentabilidade, como o real.
Estímulos na China
Enquanto isso, na China, novos estímulos do governo para o setor financeiro, em meio a temores de desaceleração do crescimento econômico, ajudavam a sustentar o apetite por risco.
Cenário interno
Já a cena local se mostrava benigna, com o mercado à espera da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto na terça-feira.
Além disso, alguns participantes do mercado citavam a nomeação de André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) como novos ministros do Esporte e de Portos e Aeroportos como um desdobramento positivo para o clima de negócios. “A minirreforma ministerial deve melhorar relações entre Executivo e Legislativo”, explicou o BTG.
O dia também é de divulgação do Boletim Focus, do Banco Central, mostrando que o mercado voltou a melhorar a perspectiva para o crescimento da economia brasileira neste ano, ainda na esteira de dados melhores do que o esperado no segundo trimestre.
Os analistas consultados veem agora uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,64% neste ano, contra 2,56% na semana anterior. O cenário para 2024 também melhorou, com a expansão do PIB agora calculada em 1,47%, de 1,32% antes.
O levantamento mostrou ainda pequenos ajustes nas contas para a inflação. A alta do IPCA passou agora a ser calculada em 4,93% e 3,89% em 2023 e 2024 respectivamente, de 4,92% e 3,88% antes. Para 2025 e 2026 a inflação é estimada em 3,5%, sem alterações.
Bolsas mundiais
Wall Street
O índice de tecnologia Nasdaq fechou em forte alta nesta segunda-feira, com a Tesla disparando por otimismo em torno da inteligência artificial, enquanto investidores aguardavam dados de inflação.
A Tesla subiu 10% depois que o Morgan Stanley atualizou a fabricante de carros elétricos de “equal-weight” para “overweight”, dizendo que seu supercomputador Dojo poderia aumentar o valor de mercado da empresa em quase 600 bilhões de dólares.
O Dow Jones subiu 0,25%, para 34.663,72 pontos. O S&P 500 subiu 0,67%, para 4.487,46 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq subiu 1,14%, para 13.917,89 pontos.
Europa
As ações europeias fecharam em alta nesta segunda-feira, com as mineradoras liderando os ganhos já que os preços da maioria dos metais básicos subiram, enquanto os investidores se preparavam para dados de inflação nos Estados Unidos e para a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,34%, a 456,21 pontos, marcando um pico de quase uma semana.
- Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,25%, a 7.496,87 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,36%, a 15.800,99 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,52%, a 7.278,27 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,03%, a 28.525,10 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,75%, a 9.435,20 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,42%, a 6.155,99 pontos.
Ásia e Oceania
As ações da China subiram nesta segunda-feira, impulsionadas por novos estímulos do governo e pela melhora dos dados de crédito, mas os setores de tecnologia e imobiliário pressionaram o mercado de Hong Kong para baixo.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,43%, a 32.467 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,58%, a 18.096 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,84%, a 3.142 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,74%, a 3.767 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,36%, a 2.556 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,86%, a 16.432 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,33%, a 3.218 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,50%, a 7.192 pontos.
(* com informações da Reuters)
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