Finanças
Grupamento de ações da Oi foi aprovado na proporção de 10 para 1
Grupamento das ações OIBR3 e OIBR4 passa a valer no pregão de 9 de janeiro.
Foi aprovado na noite de ontem (01) em Assembleia Geral Extraordinária com os acionistas da Oi (OIBR3– OIBR4), a proposta de grupamento das ações da Companhia na proporção de 10 para 1. Antes, o Conselho previa uma proposta alternativa de grupamento de 50 para 1 – o que não aconteceu.
O objetivo da Oi é o de se enquadrar nos critérios de listagem da CVM, que obrigam cotações superiores a R$1,00 por ação, permitindo também serem elegíveis para a composição de índices de mercados. Os ativos ON valem centavos desde fevereiro deste ano.
O ajuste será feito entre o dia 2 de dezembro de 2022 até o dia 6 de janeiro de 2023, com o primeiro pregão negociando as ações grupadas na nova proporção no dia 9 de janeiro de 2023.
As ADSs (American Depositary Shares) não farão parte do grupamento, o que significa que sofrerão um ajuste com as ações locais. Sendo assim, cada ação ordinária passará a representar 2 ADSs ON, enquanto uma ação preferencial será equivalente a 10 ADSs PN.
Durante assembleia, que chegou a ser adiada por duas vezes, alguns acionistas se manifestaram contra o grupamento para que este fosse realizado após o fim da recuperação judicial da companhia.
Segundo Felipe Moura, sócio e analista da Finacap Investimentos, do ponto de vista do grupamento, os fundamentos da Oi não vão mudar em nada. Mas por algum fator técnico, pode ser que venha a ter alguma forte venda dos papéis, já que quando uma companhia faz um grupamento ela visa ter maior liquidez.
“Pode ser que tenha um aumento de fluxo [vendas das ações] por conta dessa melhoria de liquidez, mas nada muda nos fundamentos”.
Pedro Queiroz, assessor de investimentos da SVN, concorda com Moura e acrescenta que o grupamento traz um efeito psicológico ao investidor em querer vender as ações da operadora – o que leva mais volatilidade para OIBR3 e OIBR4. “Somado a isso, o ponto mais relevante que leva a essa oscilação é o cenário macro, em especial, para uma empresa que tem uma alavancagem muito alta e uma estrutura de capital não tão eficiente – diferente do ajuste técnico.
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