Finanças
Guerra, juros em alta e ataques hackers: os desafios das varejistas
Samy Dana e Dony De Nucio analisam as ações da Via, Americanas, Mercado Livre e Magazine Luiza.
Nas primeiras semanas de março, a varejista argentina Mercado Livre (MELI34) sofreu um ataque hacker onde os dados de 300 mil usuários foram vazados. Apesar do número representar 0,02% dos 140 milhões de usuários ativos, as ações do gigante do e-commerce tiveram queda de 12% no período.
Não muito tempo depois, o alvo foi a Lojas Americanas (AMER3). A varejista teve que suspender suas operações de vendas online após um ataque cibernético. Os sistemas da americanas.com, ShopTime e Submarino – marcas da companhia – ficaram parados por dias, o que traz prejuízos de curto a longo prazos. De perda de receita a reputação.
Não obstante para ser uma pedra no sapato das duas companhias, a inflação em alta parece não dar trégua. Com a alta nos combustíveis, o serviço de frete acaba por ser impactado elevando os custos. De quebra, o consumo das famílias de menor poder aquisitivo fica mais comprometido.
Somado a isso, há ainda a concorrência internacional a ser driblada: Amazon (AMZO34) e Shopee.
Segundo o analista Murilo Breder, da NuInvest, para melhorar esse quadro teria de reverter o cenário altista dos juros, o que deve acontecer apenas no segundo semestre. Outro ponto é a inflação acalmar, a guerra entre Rússia e Ucrânia cessar, já que com o aumento no preço do petróleo, os combustíveis devem permanecer em alta, afetando o custo da logística.
Neste Cafeína, Samy Dana e Dony De Nucio analisam as ações da Via (VIIA3), Americanas (AMER3), Mercado Livre (MELI34) e Magazine Luiza (MGLU3).