Finanças

Ibovespa fecha em queda com commodities; dólar sobe

Sessão foi de bastante instabilidade nas praças financeiras globais, com forte queda do petróleo por temores de recessão.

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O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira (1), com ações de commodities entre as maiores baixas, enquanto RD, dona das bandeiras Drogasil e Droga Raia, figurou entre os destaques positivos após resultado trimestral robusto.

Já o dólar começou agosto com bastante volatilidade, trocou de sinal várias vezes na sessão e acabou fechando em leve alta ante o real, com um pano de fundo externo menos favorável a risco diante de temores de recessão e preocupações geopolíticas.

No dia, o Ibovespa caiu 0,91%, aos 102.225 pontos. Já o dólar subiu 0,06%, comercializado a R$ 5,1776, após chegar a R$ 5,2022 na máxima do dia.

O dia foi de bastante instabilidade nas praças financeiras globais, com forte queda do petróleo por temores de recessão, inflados por uma série de dados mais fracos da atividade manufatureira em economias centrais.

As bolsas de valores norte-americanas até chegaram a subir, mas pioraram o sinal na parte da tarde, o que coincidiu com a tomada de fôlego do dólar por aqui.

Cenário interno

A semana será marca por expectativas sobre a decisão sobre aumento de juros no Brasil, disse a Travelex em nota, com investidores à espera da reunião de dois dias do Banco Central, que se encerrará na quarta-feira. No encontro, a taxa Selic deve ser elevada em 0,5 ponto percentual, a 13,75% ao ano, mostrou pesquisa da Reuters com economistas.

Num geral, quanto mais altos os juros em determinado país, mais sua moeda tende a se beneficiar, já que taxas elevadas impulsionam os retornos da dívida local, atraindo investidores estrangeiros.

Dados dos EUA

Enquanto isso, no cenário externo dados mostraram que a atividade manufatureira dos Estados Unidos desacelerou menos do que o esperado em julho, com sinais de que restrições de oferta estão diminuindo.

Esses números serão seguidos por um relatório mensal de empregos dos EUA na sexta-feira, que será analisado por investidores que buscam pistas sobre os próximos movimentos do Federal Reserve (Fed), o banco central do país. O Fed já elevou os juros básicos norte-americanos em 2,25 pontos percentuais neste ano e prometeu uma abordagem baseada em dados para aumentos futuros.

Preocupações com uma recessão têm pesado nos mercados de ações neste ano, à medida que investidores ajustam suas expectativas para o crescimento econômico e os lucros corporativos diante do aperto nas condições financeiras (alta de juros).

Alta do dólar

A moeda norte-americana chegou a recuar mais cedo sobre o real, mas ganhou força à tarde. Isso porque compras de dólares por importadores e uma recomposição de posições defensivas de agentes financeiros – que aproveitavam o recente barateamento da moeda norte-americana – levaram a uma mudança de sentido no mercado brasileiro, explicou Jefferson Rugik, presidente executivo da Correparti Corretora.

Bolsas mundiais

Wall Street

Placa em frente à Bolsa de Valores de Nova York sinaliza Wall Street 28/10/2013 REUTERS/Carlo Allegri

Wall Street encerrou em baixa após sessão agitada nesta segunda-feira, com quedas nas ações da Exxon Mobil e de outras empresas de energia mais do que anulando ganhos da Boeing, depois de o mercado acionário dos EUA registrar em julho os maiores ganhos mensais em dois anos.

O índice S&P 500 fechou em queda de 0,28%, a 4.118,63 pontos. O Dow Jones caiu 0,14%, a 32.798,40 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite recuou 0,18%, a 12.368,98 pontos.

Europa

As ações europeias caíram nesta segunda-feira, arrastadas pelo setor de energia em meio a temores de uma desaceleração econômica global intensificados por dados econômicos chineses decepcionantes e pela contração na atividade manufatureira da zona do euro.

O índice pan-europeu STOXX 600 caiu 0,1%, revertendo ganhos de mais cedo ao fim de um pregão volátil.

“O quadro pintado está parecendo cada vez mais sombrio para a União Europeia, e uma análise detalhada dos números mostra vendas mais baixas, taxas decrescentes de novos pedidos e exportações e grandes aumentos nos estoques”, disse Stuart Cole, macroeconomista-chefe da Equiti Capital. “A expectativa é de que os fabricantes cortem ainda mais a produção daqui para frente.”

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,13%, a 7.413,42 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,03%, a 13.479,63 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,18%, a 6.436,86 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,11%, a 22.429,47 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,87%, a 8.085,10 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,43%, a 6.096,99 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações da China fecharam em alta nesta segunda-feira, depois que o chefe do órgão regulador de valores mobiliários do país disse que a agência fará das operações estáveis do mercado de capitais uma prioridade, enquanto as montadoras subiram na esperança de aumento da demanda por veículos de energia renovável.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,69%, a 27.993,35 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,05%, a 20.165 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,21%, a 3.259 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,45%, a 4.188 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,03%, a 2.452 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,12%, a 14.981 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,85%, a 3.238 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,69%, a 6.993 pontos.

*Com informações da Reuters.

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